zé da tribo oi nóis aqui traveiz ...(Marighella !) fotos daniel de andrade simões
Com um déficit comercial de US$ 500 bilhões por ano e de orçamento público federal de US$ 700 bilhões, os Estados Unidos enfrentam a sua pior crise desde a grande depressão de 1929. Todo esse rombo é bancado pela emissão de dólares, já que não há controle internacional sobre esse procedimento e eles o fazem como bem entendem. A emissão irresponsável, sem equivalência em produção, aguça as contradições e já bateu no teto de US$13 trilhões. A princípio, os governos Bush, Clinton e Obama tentaram sair da crise com a fórmula clássica: produzir guerras, e, assim, incentivar a indústria bélica para reativar a economia. Há dez anos agridem o Afeganistão, o Iraque, o Irã, entre outros, são responsáveis pela morte de mais de 600 mil civis e milhares de seus soldados. Criaram e eliminaram Bin Laden, transformaram os árabes e o islamismo em inimigos da humanidade. Politicamente perderam a guerra a um custo, nesses anos, de US$ 3 a US$ 5 trilhões que todos os povos do mundo pagaram e pagam, ao usar essa moeda em seus intercâmbios comerciais.
Na Europa, o crescimento econômico está parado desde 2008, e as taxas de desemprego atingem 20% na média. Vários países já têm suas economias tecnicamente falidas, como Grécia, Polônia, Portugal, entre outros. Agora é a vez de Itália e Espanha. E a juventude começa a mexer-se, ainda que tardiamente.A crise do capitalismo no centro da hegemonia do capital financeiro e oligopolizado tende a se agravar. E, naturalmente, vai despejar, como sempre, parte de seus custos também para as economias periféricas e dependentes como a brasileira. O Brasil cresce de 3 a 4% ao ano, suficiente apenas para manter a economia ativa e gerar parte dos empregos necessários para os 2,5 milhões de jovens que entram no mundo do trabalho a cada ano. Mesmo com a importante medida de que o BNDES aplicará, em investimentos produtivos, R$ 500 bilhões até 2014, podendo gerar mais emprego e crescimento econômico, nós trabalhadores precisamos permanecer mobilizados, pois a história confirma: em crise do capital, quem paga a conta é o trabalho.
Tânia Miranda, historiadora, mestre em educação
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