domingo, 30 de junho de 2013
Armas Químicas ou Armas de Efeito Moral não Letais ? Por Rui Patterson
ARMAS QUÍMICAS OU ARMAS DE EFEITO MORAL NÃO LETAIS?
É a pergunta que rola na Feira Nacional MILIPOL (não por acaso a contrafação de Polícia Miiltar) em Paris. A empresa brasileira CONDOR (a semelhança com a Operação não é mera coincidência), que participa da Feira, nada de braçada no mercado de "armas não letais" de dispersão de distúrbios, aumentando as vendas em 90% em 38 países e que segundo a CONDOR vem 'salvando vidas', como as que ocorreram no Carandiru (111 presos mortos) e em Eldorado de Carajás (19 sem terra mortos).
Para a pesquisadora Anna Feigenbaum, da Universidade Bournemouth, Inglaterra, "arma química" é a expressão correta, e mais pesquisas devem ser feitas sobre os efeitos do gás lacrimogêneo e de pimenta.
O gás lacrimogêneo - brometo de benzila ou CS - causa irritação, queimaduras na boca, garganta, pulmões, dificuldade de respirar e mal estar. É letal em crianças de colo. Não há antídotos, a não ser sair do local e ir para o ar fresco, tirar lentes de contato, lavar com sabão neutro e água FRIA.
O gás de pimenta -OC - é um agente inflamatório das vias respiratórias e do olho, fechando-os por 30 minutos a 4 horas. Não há antídotos, a não ser xampu de bebê.
Os dois gases podem conjugar-se em bombas, sprays e extintores.
A Anistia Internacional considera-os como forma de tortura. Sua fabricação e emprego estão proibidos pela Organização Para a Proibição de Armas Químicas, artigo I-5.
foto daniel de andrade simões
As balas de borracha disparadas pela PM contra manifestantes podem ser letais se alcançam partes sensíveis e moles do corpo, como orifícios. Jornalistas, mesmo identificados, são alvos prediletos da PM, que disparam à queima roupa em direção aos seus globos oculares.
Daí serem ARMAS QUÍMICAS LETAIS, e não DE EFEITO MORAL.
Sobre Manifestações e Vandalismo por Rui Patterson
Rui Patterson (esquerda) e Sarno - foto daniel de andrade simões
A pedidos e para que não pareça ser anarquista, trocarei a Cartilha do Manifestante por Carta aos Manifestantes Atingidos por Vandalismos, mais palatável para cerca de 90% dos assinantes do Facebook, de direita ou alienados. Como 81% da população brasileira apóia, está na hora da imprensa escrever/digitar a palavra 'manifestante', e não 'vândalo', para não divulgar o medo e impedir as mudanças que o país necessita. 1 de cada 10 pessoas detidas está presa, em 15 capitais, Salvador inclusive, por falta de pagamento de fiança, arbitrada (diria arbitrariamente) em dez salários mínimos, ou R$ 6.780,00, quando em São Paulo é de apenas um salário mínimo.
foto daniel de andrade simões
Para o conferencista Cláudio Willer, 'a revolta é fundamental, seus participantes são saudáveis e não, vândalos. A polícia deveria investigar o vandalismo, não a manifestação. Polícia acompanhando manifestação é desfile. Manifestação é da tradição anarquista e anti-partidária'.
fotos tv daniel de andrade simões
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As enormes desigualdades e inseguranças promovidas pelo capitalismo provocam protestos e revoltas, terreno fértil para que idéias alternativas sejam plantadas. Há muitos sinais de exaustão da crença nos mercados e crescente impaciência com instituições políticas'. Não, o texto não é meu, está em 'A Construção do Capitalismo... A Política do Império Americano', que atravessa do séc. 19 aos dias atuais, apoiando ditadores e coronéis da Guarda Nacional. Nos Estados Unidos da América.
Faça como os americanos, vá para a rua e participe das manifestações.
Faça como os americanos, vá para a rua e participe das manifestações.
sábado, 29 de junho de 2013
Do Gilnei Lima para Paulo Motta
Chapada do Vagalume,Marina e Pilar. Afilhadas foto daniel de andrade simões
Uma das coisas que comecei a ver e, por isso admirar ainda mais Daniel de Andrade é a facilidade com que ele descreve muito com tão pouco. Desvendar a sutileza quase pueril de Paulo Motta serviria de tese para alguns doutos se travarem em discussões canibalescas. Mas Daniel não precisa disso. Veio ao mundo dotado do 'olho mágico', não aquele tubinho de vidro que se coloca nas portas para ver quem ...está do outro lado. Eu, por exemplo, sou de difícil entendimento. Me procuro nestas cinco décadas que desci ao planeta, mas ainda continuo em busca de mim, todos os dias. Tento achar qualidades, mas esbarro nas deficiências da baixa autoestima. Ouço elogios, mas muitos deles se parecem com uma claque amestrada, quando levantam a placa 'aplausos', então todo mundo aplaude. Assim ocorre quando a outra placa 'vaias' é erguida. Estranho tentar lembrar a relação de peso entre as vaias e aplausos, pois muito mais fácil lembrar das vaias, do que algum remoto aplauso. Então nos perguntamos: Poxa, trabalhei como um bicho doido; perdi noites de sono; adoeci dos nervos com tanta ansiedade de fazer o melhor, mas o melhor nunca era tão bom; não acompanhei o crescimento de filhos que perdi pelo caminho, em alguma das esquinas das ruas que nem lembro de ter passado. Talvez tenha sido amado e nem tenha percebido. E por aí vai. Agora, em que tentamos correr atrás do 'prejuízo', os joelhos doem um pouco. Não tenho mais aquele folego para subir as escadarias dos dias, correndo. Tento contabilizar os acertos e vejo que nem foram tantos assim. Mas me consolo em Al Capone que, depois de ser considerado o maior Gangster da história do crime, que mandava eliminar desafetos, era o comandante de vários cassinos clandestinos, produzia e vendia bebida ilegal, durante a Lei Seca, tinha casas de prostituição e mais outros negócios ilícitos. Mas ao ser preso apenas declarou: - Não entendo essa perseguição. Se meu crime foi divertir as pessoas, dar a elas momentos de alegria em ganhar dinheiro com a própria sorte, oferecer um bom whisky para os amigos brindarem ou afogarem suas mágoas e, por fim, com toda essa recessão, dar emprego e renda a centenas de pessoas...bem, então sou criminoso.
Uma das coisas que comecei a ver e, por isso admirar ainda mais Daniel de Andrade é a facilidade com que ele descreve muito com tão pouco. Desvendar a sutileza quase pueril de Paulo Motta serviria de tese para alguns doutos se travarem em discussões canibalescas. Mas Daniel não precisa disso. Veio ao mundo dotado do 'olho mágico', não aquele tubinho de vidro que se coloca nas portas para ver quem ...está do outro lado. Eu, por exemplo, sou de difícil entendimento. Me procuro nestas cinco décadas que desci ao planeta, mas ainda continuo em busca de mim, todos os dias. Tento achar qualidades, mas esbarro nas deficiências da baixa autoestima. Ouço elogios, mas muitos deles se parecem com uma claque amestrada, quando levantam a placa 'aplausos', então todo mundo aplaude. Assim ocorre quando a outra placa 'vaias' é erguida. Estranho tentar lembrar a relação de peso entre as vaias e aplausos, pois muito mais fácil lembrar das vaias, do que algum remoto aplauso. Então nos perguntamos: Poxa, trabalhei como um bicho doido; perdi noites de sono; adoeci dos nervos com tanta ansiedade de fazer o melhor, mas o melhor nunca era tão bom; não acompanhei o crescimento de filhos que perdi pelo caminho, em alguma das esquinas das ruas que nem lembro de ter passado. Talvez tenha sido amado e nem tenha percebido. E por aí vai. Agora, em que tentamos correr atrás do 'prejuízo', os joelhos doem um pouco. Não tenho mais aquele folego para subir as escadarias dos dias, correndo. Tento contabilizar os acertos e vejo que nem foram tantos assim. Mas me consolo em Al Capone que, depois de ser considerado o maior Gangster da história do crime, que mandava eliminar desafetos, era o comandante de vários cassinos clandestinos, produzia e vendia bebida ilegal, durante a Lei Seca, tinha casas de prostituição e mais outros negócios ilícitos. Mas ao ser preso apenas declarou: - Não entendo essa perseguição. Se meu crime foi divertir as pessoas, dar a elas momentos de alegria em ganhar dinheiro com a própria sorte, oferecer um bom whisky para os amigos brindarem ou afogarem suas mágoas e, por fim, com toda essa recessão, dar emprego e renda a centenas de pessoas...bem, então sou criminoso.
Gilnei Lima
Gilnei Lima
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Mia Couto ...My be Man ...
foto daniel de andrade simões
Existe o “Yes man”. Todos sabem quem é e o mal que causa. Mas existe o May be man. E poucos sabem quem é. Menos ainda sabem o impacto desta espécie na vida nacional. Apresento aqui essa criatura que todos, no final, reconhecerão como familiar.
O May be man vive do “talvez”. Em português, dever-se-ia chamar de “talvezeiro”. Devia tomar decisões. Não toma. Simplesmente, toma indecisões. A decisão é um risco. E obriga a agir. Um “talvez” não tem implicação nenhuma, é um híbrido entre o nada e o vazio.
A diferença entre o Yes man e o May be man não está apenas no “yes”. É que o “may be” é, ao mesmo tempo, um “may be not”. Enquanto o Yes man aposta na bajulação de um chefe, o May be man não aposta em nada nem em ninguém. Enquanto o primeiro suja a língua numa bota, o outro engraxa tudo que seja bota superior.
Sem chegar a ser chave para nada, o May be man ocupa lugares chave no Estado. Foi-lhe dito para ser do partido. Ele aceitou por conveniência. Mas o May be man não é exactamente do partido no Poder. O seu partido é o Poder. Assim, ele veste e despe cores políticas conforme as marés. Porque o que ele é não vem da alma. Vem da aparência. A mesma mão que hoje levanta uma bandeira, levantará outra amanhã. E venderá as duas bandeiras, depois de amanhã. Afinal, a sua ideologia tem um só nome: o negócio. Como não tem muito para negociar, como já se vendeu terra e ar, ele vende-se a si mesmo. E vende-se em parcelas. Cada parcela chama-se “comissão”. Há quem lhe chame de “luvas”. Os mais pequenos chamam-lhe de “gasosa”. Vivemos uma nação muito gaseificada.
Governar não é, como muitos pensam, tomar conta dos interesses de uma nação. Governar é, para o May be Man, uma oportunidade de negócios. De “business”, como convém hoje, dizer. Curiosamente, o “talvezeiro” é um veemente crítico da corrupção. Mas apenas, quando beneficia outros. A que lhe cai no colo é legítima, patriótica e enquadra-se no combate contra a pobreza.
Mas a corrupção, em Moçambique, tem uma dificuldade: o corruptor não sabe exactamente a quem subornar. Devia haver um manual, com organograma orientador. Ou como se diz em workshopês: os guidelines. Para evitar que o suborno seja improdutivo. Afinal, o May be man é mais cauteloso que o andar do camaleão: aguarda pela opinião do chefe, mais ainda pela opinião do chefe do chefe. Sem luz verde vinda dos céus, não há luz nem verde para ninguém.
O May be man entendeu mal a máxima cristã de “amar o próximo”. Porque ele ama o seguinte. Isto é, ama o governo e o governante que vêm a seguir. Na senda de comércio de oportunidades, ele já vendeu a mesma oportunidade ao sul-africano. Depois, vendeu-a ao português, ao indiano. E está agora a vender ao chinês, que ele imagina ser o “próximo”. É por isso que, para a lógica do “talvezeiro” é trágico que surjam decisões. Porque elas matam o terreno do eterno adiamento onde prospera o nosso indecidido personagem.
O May be man descobriu uma área mais rentável que a especulação financeira: a área do não deixar fazer. Ou numa parábola mais recente: o não deixar. Há investimento à vista? Ele complica até deixar de haver. Há projecto no fundo do túnel? Ele escurece o final do túnel. Um pedido de uso de terra, ele argumenta que se perdeu a papelada. Numa palavra, o May be man actua como polícia de trânsito corrupto: em nome da lei, assalta o cidadão.
Eis a sua filosofia: a melhor maneira de fazer política é estar fora da política. Melhor ainda: é ser político sem política nenhuma. Nessa fluidez se afirma a sua competência: ele sai dos princípios, esquece o que disse ontem, rasga o juramento do passado. E a lei e o plano servem, quando confirmam os seus interesses. E os do chefe. E, à cautela, os do chefe do chefe.
O May be man aprendeu a prudência de não dizer nada, não pensar nada e, sobretudo, não contrariar os poderosos. Agradar ao dirigente: esse é o principal currículo. Afinal, o May be man não tem ideia sobre nada: ele pensa com a cabeça do chefe, fala por via do discurso do chefe. E assim o nosso amigo se acha apto para tudo. Podem nomeá-lo para qualquer área: agricultura, pescas, exército, saúde. Ele está à vontade em tudo, com esse conforto que apenas a ignorância absoluta pode conferir.
Apresentei, sem necessidade o May be man. Porque todos já sabíamos quem era. O nosso Estado está cheio deles, do topo à base. Podíamos falar de uma elevada densidade humana. Na realidade, porém, essa densidade não existe. Porque dentro do May be man não há ninguém. O que significa que estamos pagando salários a fantasmas. Uma fortuna bem real paga mensalmente a fantasmas. Nenhum país, mesmo rico, deitaria assim tanto dinheiro para o vazio.
O May be Man é utilíssimo no país do talvez e na economia do faz-de-conta. Para um país a sério não serve.
A diferença entre o Yes man e o May be man não está apenas no “yes”. É que o “may be” é, ao mesmo tempo, um “may be not”. Enquanto o Yes man aposta na bajulação de um chefe, o May be man não aposta em nada nem em ninguém. Enquanto o primeiro suja a língua numa bota, o outro engraxa tudo que seja bota superior.
Sem chegar a ser chave para nada, o May be man ocupa lugares chave no Estado. Foi-lhe dito para ser do partido. Ele aceitou por conveniência. Mas o May be man não é exactamente do partido no Poder. O seu partido é o Poder. Assim, ele veste e despe cores políticas conforme as marés. Porque o que ele é não vem da alma. Vem da aparência. A mesma mão que hoje levanta uma bandeira, levantará outra amanhã. E venderá as duas bandeiras, depois de amanhã. Afinal, a sua ideologia tem um só nome: o negócio. Como não tem muito para negociar, como já se vendeu terra e ar, ele vende-se a si mesmo. E vende-se em parcelas. Cada parcela chama-se “comissão”. Há quem lhe chame de “luvas”. Os mais pequenos chamam-lhe de “gasosa”. Vivemos uma nação muito gaseificada.
Governar não é, como muitos pensam, tomar conta dos interesses de uma nação. Governar é, para o May be Man, uma oportunidade de negócios. De “business”, como convém hoje, dizer. Curiosamente, o “talvezeiro” é um veemente crítico da corrupção. Mas apenas, quando beneficia outros. A que lhe cai no colo é legítima, patriótica e enquadra-se no combate contra a pobreza.
Mas a corrupção, em Moçambique, tem uma dificuldade: o corruptor não sabe exactamente a quem subornar. Devia haver um manual, com organograma orientador. Ou como se diz em workshopês: os guidelines. Para evitar que o suborno seja improdutivo. Afinal, o May be man é mais cauteloso que o andar do camaleão: aguarda pela opinião do chefe, mais ainda pela opinião do chefe do chefe. Sem luz verde vinda dos céus, não há luz nem verde para ninguém.
O May be man entendeu mal a máxima cristã de “amar o próximo”. Porque ele ama o seguinte. Isto é, ama o governo e o governante que vêm a seguir. Na senda de comércio de oportunidades, ele já vendeu a mesma oportunidade ao sul-africano. Depois, vendeu-a ao português, ao indiano. E está agora a vender ao chinês, que ele imagina ser o “próximo”. É por isso que, para a lógica do “talvezeiro” é trágico que surjam decisões. Porque elas matam o terreno do eterno adiamento onde prospera o nosso indecidido personagem.
O May be man descobriu uma área mais rentável que a especulação financeira: a área do não deixar fazer. Ou numa parábola mais recente: o não deixar. Há investimento à vista? Ele complica até deixar de haver. Há projecto no fundo do túnel? Ele escurece o final do túnel. Um pedido de uso de terra, ele argumenta que se perdeu a papelada. Numa palavra, o May be man actua como polícia de trânsito corrupto: em nome da lei, assalta o cidadão.
Eis a sua filosofia: a melhor maneira de fazer política é estar fora da política. Melhor ainda: é ser político sem política nenhuma. Nessa fluidez se afirma a sua competência: ele sai dos princípios, esquece o que disse ontem, rasga o juramento do passado. E a lei e o plano servem, quando confirmam os seus interesses. E os do chefe. E, à cautela, os do chefe do chefe.
O May be man aprendeu a prudência de não dizer nada, não pensar nada e, sobretudo, não contrariar os poderosos. Agradar ao dirigente: esse é o principal currículo. Afinal, o May be man não tem ideia sobre nada: ele pensa com a cabeça do chefe, fala por via do discurso do chefe. E assim o nosso amigo se acha apto para tudo. Podem nomeá-lo para qualquer área: agricultura, pescas, exército, saúde. Ele está à vontade em tudo, com esse conforto que apenas a ignorância absoluta pode conferir.
Apresentei, sem necessidade o May be man. Porque todos já sabíamos quem era. O nosso Estado está cheio deles, do topo à base. Podíamos falar de uma elevada densidade humana. Na realidade, porém, essa densidade não existe. Porque dentro do May be man não há ninguém. O que significa que estamos pagando salários a fantasmas. Uma fortuna bem real paga mensalmente a fantasmas. Nenhum país, mesmo rico, deitaria assim tanto dinheiro para o vazio.
O May be Man é utilíssimo no país do talvez e na economia do faz-de-conta. Para um país a sério não serve.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Resgatando a História da Coojornal em 3 Capítulos ....
Coojornalistas Osmar Trindade, Lenora Vargas e Rosvita - foto daniel de andrade simões
Para quem se interessa pelo resgate da história da Coojornal segue post em três capítulos (no minimo) diários como as novelas.
O Coojornal e a pobre dissertação da Unisc ( Capítulo 1)
Meu nome não está na lista dos associados da Coojornal publicada em uma dissertação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) que um amigo, surpreso, me enviou.
- Te defenestraram, véio? Viu como o pessoal ainda... guarda altas mágoas da oposição ?!
Fui dos primeiros repórteres da cooperativa. É sabido e notório - pelos mais antigos, pelo menos. Lá cheguei a convite do Luiz Cláudio Cunha, meu chefe na Veja,melhor, na sucursal gaúcha da Editora Abril, e vice-presidente da Coojornal na época.
Lembro que nestes idos o falecido cirurgião dentista Luiz Alberto Arteche, que também estudou Jornalismo na PUC e era pai do ator André Arteche,
já estava lá frilando para o Jornal do Inter.
Recordo da Marina Wodke escrevendo reportagens para um house órgão de uma empresa de elevadores, se a memória não me trai.
Memorizo o Elmar Bicudo Bones e o Jorge Polidoro em tempo integral no primeiro prédio da Comendador Coruja de propriedade do José Abujamra onde funcionava a Editora Verbo.
Depois, é que veio o pessoal saido da Folha da Manhã do Vierinha da Cunha à Rosvita, ao Trindade e à Lenora, ao Caco Barcellos - frilando e dirigindo o táxi do pai, Cláudio como ele.
Isto foi muito antes de existir o Coojornal mensal - que foi às ruas em meados de 1976.
Nos expedientes do Coojornal tinha toda a longa nominata dos donos do empreendimento e nunca me dei conta da lacuna aberta entre os nomes de André Jockymann, Ângela Sória Riccordi, Ângela Santamgelo, Ângelo Dias da Silva, Aníbal Bendati, Anilson Costa, Anna Maria Magalhães e Antonio Britto Filho, onde deveria estar fixado este escriba como foi batizado. Quando será que sumiu a minha identidade desta nomeada em ordem alfabética de scios que jamais integraram a equipe da faina diária da cooperativa?
De onde a autora da dissertação tirou o que a orientadora dela chama de "lista oficial da Coojornal"?
Como a documentação oficial do cooperativa foi incinerada, ao que sei por ordem judicial determinada ao espólio, para desocupar lugar, evidentemente não existe uma listagem formal. Esta omissão também não abala a minha vaidade já que na obra " Coojornal -Um jornal de jornalistas sob a ditadura militar",da Editora Libretos, do Rafa Guimaraens e da Clô Barcellos, estão selecionadas, por generosidade dos autores, algumas reportagens minhas, feitas na primeira fase histórica da Coojornal (antes de 1978).
O amigo e colega que me enviou a dissertação da Unisc estranhou não só esta ausência do meu nome entre os associados "oficiais", mas se incomodou mais, sobretudo, com o desprezo à versão oposicionista, à qual me filiei no processo da evolução da cooperativa.
- Ela só entrevistou gente da chapa ganhadora! Só tem a visão da direção, dos que ficaram na cooperativa! - espantou-se o amigo, que é professor de Jornalismo.
Lógicamente questionei a autora do trabalho que não me respondeu e a sua orientadora, que ofereceu uma resposta muito estranha.
Disse ela que, ao contrário do jornalismo, a academia não tem a obrigação de ouvir os dois lados (!!!).
Em suas palavras:
(..) em relação às suas críticas pontuais, lembro que um trabalho científico deve primar pela isenção. E esse o fez. (..) Não procede a relação que em seu mail estabelece entre a condução da dissertação e a prática jornalística. Como mencionei, um trabalho científico deve ter como horizonte a isenção e o rigor metodológico nas escolhas. No entanto, não tem o compromisso do jornalismo de ouvir “os dois lados”. Isto faz parte das técnicas do jornalismo, que é uma prática profissional. O método científico requer rigor científico e isenção, mas tem outro modo de operação distinto do de uma prática profissional".
Note-se que ela afirmou que a academia tem que buscar "a isenção e o rigor metodológico".
Mas como alcançar o rigor e a isenção considerando unicamente só uma versão e ignorando a outra, que sempre foi pública já que apresentou-se em uma assembleia geral de eleições?
Não fui na onda e consultei um amigo professor de Jornalismo e doutor em História que me respondeu o seguinte:
- Nas dissertações que oriento, estimulo a investigação profunda, que deve levar em conta todos os "lados". Ela (a orientadora) tem uma posição diferente ou, ao menos, argumentou dessa forma, provavelmente para defender a sua orientanda e tentar se justificar como orientadora.
Existem também erros pontuais como a afirmação de que a Coojornal editou o jornal O Interior, o que jamais ocorreu, como depõe o diretor deste periódico editado em Carazinho, Waldir Heck.
Alô André:
Não existiu essa história da Coojornal editar o jornal O Interior ou renovar o setor de comunicação da organização (imaginando a Fecotrigo?). O que aconteceu, deves estar lembrado, foi que num período a Coojornal produziu matérias para O Interior, por encomenda.
Seria interessante saber em que fonte essa estudante se baseou e o que mais escreveu.
Fico com pena da estudante que escreveu o que lhe contaram. Já tive que contar diversas vezes a história do jornal O Interior para colaborar em trabalhos de conclusão. Acabo me empolgando, me emocionando e falando fora de um "rigor científico ou acadêmico". E me aconteceu mais de uma vez, tempos depois, de constatar que os trabalhos tinham informações incorretas ou incompletas, sendo eu a fonte. Lamentei, mas relevei sempre que não tinha como corrigir.. Não sei se é a atitude correta. Mas nesse caso do Coojornal é diferente e tens razão em te indignar, ainda mais considerando o peso da banca acadêmica.
Saudações
Waldir
foto daniel de andrade simões/coojornal
Para quem se interessa pelo resgate da história da Coojornal segue post em três capítulos (no minimo) diários como as novelas.
O Coojornal e a pobre dissertação da Unisc ( Capítulo 1)
Meu nome não está na lista dos associados da Coojornal publicada em uma dissertação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) que um amigo, surpreso, me enviou.
- Te defenestraram, véio? Viu como o pessoal ainda... guarda altas mágoas da oposição ?!
Fui dos primeiros repórteres da cooperativa. É sabido e notório - pelos mais antigos, pelo menos. Lá cheguei a convite do Luiz Cláudio Cunha, meu chefe na Veja,melhor, na sucursal gaúcha da Editora Abril, e vice-presidente da Coojornal na época.
Lembro que nestes idos o falecido cirurgião dentista Luiz Alberto Arteche, que também estudou Jornalismo na PUC e era pai do ator André Arteche,
já estava lá frilando para o Jornal do Inter.
Recordo da Marina Wodke escrevendo reportagens para um house órgão de uma empresa de elevadores, se a memória não me trai.
Memorizo o Elmar Bicudo Bones e o Jorge Polidoro em tempo integral no primeiro prédio da Comendador Coruja de propriedade do José Abujamra onde funcionava a Editora Verbo.
Depois, é que veio o pessoal saido da Folha da Manhã do Vierinha da Cunha à Rosvita, ao Trindade e à Lenora, ao Caco Barcellos - frilando e dirigindo o táxi do pai, Cláudio como ele.
Isto foi muito antes de existir o Coojornal mensal - que foi às ruas em meados de 1976.
Nos expedientes do Coojornal tinha toda a longa nominata dos donos do empreendimento e nunca me dei conta da lacuna aberta entre os nomes de André Jockymann, Ângela Sória Riccordi, Ângela Santamgelo, Ângelo Dias da Silva, Aníbal Bendati, Anilson Costa, Anna Maria Magalhães e Antonio Britto Filho, onde deveria estar fixado este escriba como foi batizado. Quando será que sumiu a minha identidade desta nomeada em ordem alfabética de scios que jamais integraram a equipe da faina diária da cooperativa?
De onde a autora da dissertação tirou o que a orientadora dela chama de "lista oficial da Coojornal"?
foto daniel de andrade simões/coojornal
foto daniel de andrade simões/coojornal
Como a documentação oficial do cooperativa foi incinerada, ao que sei por ordem judicial determinada ao espólio, para desocupar lugar, evidentemente não existe uma listagem formal. Esta omissão também não abala a minha vaidade já que na obra " Coojornal -Um jornal de jornalistas sob a ditadura militar",da Editora Libretos, do Rafa Guimaraens e da Clô Barcellos, estão selecionadas, por generosidade dos autores, algumas reportagens minhas, feitas na primeira fase histórica da Coojornal (antes de 1978).
O amigo e colega que me enviou a dissertação da Unisc estranhou não só esta ausência do meu nome entre os associados "oficiais", mas se incomodou mais, sobretudo, com o desprezo à versão oposicionista, à qual me filiei no processo da evolução da cooperativa.
- Ela só entrevistou gente da chapa ganhadora! Só tem a visão da direção, dos que ficaram na cooperativa! - espantou-se o amigo, que é professor de Jornalismo.
Lógicamente questionei a autora do trabalho que não me respondeu e a sua orientadora, que ofereceu uma resposta muito estranha.
Disse ela que, ao contrário do jornalismo, a academia não tem a obrigação de ouvir os dois lados (!!!).
Em suas palavras:
(..) em relação às suas críticas pontuais, lembro que um trabalho científico deve primar pela isenção. E esse o fez. (..) Não procede a relação que em seu mail estabelece entre a condução da dissertação e a prática jornalística. Como mencionei, um trabalho científico deve ter como horizonte a isenção e o rigor metodológico nas escolhas. No entanto, não tem o compromisso do jornalismo de ouvir “os dois lados”. Isto faz parte das técnicas do jornalismo, que é uma prática profissional. O método científico requer rigor científico e isenção, mas tem outro modo de operação distinto do de uma prática profissional".
Note-se que ela afirmou que a academia tem que buscar "a isenção e o rigor metodológico".
Mas como alcançar o rigor e a isenção considerando unicamente só uma versão e ignorando a outra, que sempre foi pública já que apresentou-se em uma assembleia geral de eleições?
Não fui na onda e consultei um amigo professor de Jornalismo e doutor em História que me respondeu o seguinte:
- Nas dissertações que oriento, estimulo a investigação profunda, que deve levar em conta todos os "lados". Ela (a orientadora) tem uma posição diferente ou, ao menos, argumentou dessa forma, provavelmente para defender a sua orientanda e tentar se justificar como orientadora.
Existem também erros pontuais como a afirmação de que a Coojornal editou o jornal O Interior, o que jamais ocorreu, como depõe o diretor deste periódico editado em Carazinho, Waldir Heck.
Alô André:
Não existiu essa história da Coojornal editar o jornal O Interior ou renovar o setor de comunicação da organização (imaginando a Fecotrigo?). O que aconteceu, deves estar lembrado, foi que num período a Coojornal produziu matérias para O Interior, por encomenda.
Seria interessante saber em que fonte essa estudante se baseou e o que mais escreveu.
Fico com pena da estudante que escreveu o que lhe contaram. Já tive que contar diversas vezes a história do jornal O Interior para colaborar em trabalhos de conclusão. Acabo me empolgando, me emocionando e falando fora de um "rigor científico ou acadêmico". E me aconteceu mais de uma vez, tempos depois, de constatar que os trabalhos tinham informações incorretas ou incompletas, sendo eu a fonte. Lamentei, mas relevei sempre que não tinha como corrigir.. Não sei se é a atitude correta. Mas nesse caso do Coojornal é diferente e tens razão em te indignar, ainda mais considerando o peso da banca acadêmica.
Saudações
Waldir
sábado, 22 de junho de 2013
fotos Tv daniel de andrade simões
CONCORDO E ASSINO EMBAIXO !Não é só o PT, SÃO TODOS OS PARTIDOS POLÍTICOS, DE A a Z, QUE NÃO NOS REPRESENTAM!Existe portanto uma CRISE POLÍTICA DE REPRESENTAÇÃO, PQ. NÃO NOS RECONHECEMOS NESSES PARTIDOS E NESSE GOVERNO !
Alguns desejam silenciosamente, a volta da DITADURA, e estão torcendo que os militares entrem em cena, a pretexto da violência inaceitável que uma minoria maligna, vem exercendo.
No entanto, não devemos ter medo por algumas razões : a primeira é que existe dentro das Forças Armadas, uma nova geração que está aprendendo as lições de democracia, construídas ao longo de nossa história recente; são os militares saudosistas do regime militar e representados pelo Clube Militar do Rio de Janeiro, diga-se, ex-torturadores, que desejam o caos; a segunda razão é que o Estado brasileiro e esse Governo, têm margem de negociação com os movimentos sociais, no sentido de diminuir o impacto social e político das justas reivindicações = “vão-se os anéis e ficam os dedos”...; terceira razão é que as velhas raposas da política, vão tentar capitalizar o movimento, costurando um grande acordo, cuja dimensão é proporcional à pressão do movimento social. A gama variada de reivindicações, pode levar o justo movimento, A UMA PERDA DO FOCO, ISTO É DOS SEUS OBJETIVOS, SOBRETUDO QDO. NÃO EXISTE A CRISTALIZAÇÃO DE UMA LIDERANÇA POLÍTICA.E SEM LIDERANÇA POLÍTICA, O MOVIMENTO CORRE SÉRIO RISCO DE FRACASSAR !
Coloquem em grande caldeirão fervente, todas as insatisfações de ordem econômica, social, política, mexam bem tudo... e veremos o que vai dar!SEM UM BOM COZINHEIRO OU MAITRE, TUDO PODE VIRAR ANGU!!!
Por outro lado, nesses momentos de CRISE POLÍTICA, é muito difícil, guardar uma certa SERENIDADE, para poder e saber SEPARAR O JOIO DO TRIGO! NÃO PODEMOS JOGAR FORA O BEBE E A AGUA SUJA! PELO PASSE-LIVRE SIM! CONTRA A CORRUPÇÃO DOS POLÍTCOS E DO GOVERNO SIM!
PELA GARANTIA DOS DIREITOS ECONÔMICOS E SOCIAIS SIM! CONTRA O ESTABELECIMENTO DE ACORDOS ESPÚRIOS, PARA NEUTRALIZAR OS MOVIMENTOS REIVINDICATÓRIOS, SIM! MAS TAMBÉM : CONTRA A VIOLÊNCIA, VENHA DE ONDE VIER, SIM!
PELO RESPEITO DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS, SIM! PELO FORTALECIMENTO DO MOVIMENTO SOCIAL SIM! PELO SURGIMENTO DE UMA NOVA LIDERANÇA POLÍTICA, DEMOCRÁTICA E ABERTA AO DIÁLOGO COM TODAS AS CORRENTES DE PENSAMENTO, SIM!
PARA ONDE VAMOS ? QUO VADIS? Somente o desenrolar dos acontecimentos, dirá. MAS NÃO SOMENTE!É AQUI QUE ENTRA O PAPEL DA CLAREZA DAS LIDERANÇAS, NA CONDUÇÃO DESSE PROCESSO. O IDEAL, SERIA O MOVIMENTO CHEGAR À CONCLUSÃO, QUE A PRINCIPAL REIVINDICAÇÃO POLÍTICA, SERIA A CONVOCAÇÃO DE NOVAS ELEIÇÕES GERAIS EM TODO O PAÍS! NO ENTANTO, ESTAMOS HÁ UM ANO DELAS E NÃO ESSE GOVERNO, QUE TERIA CORAGEM DE ENFRENTAR A SOCIEDADE E A CLASSE POLÍTICA ENCASTELADA NO PODER.
NOSSA ARMA É NOSSO VOTO! POIS É MUITO MAIS DIFÍCIL UM TRABALHO DE PREPARAÇÃO DAS CONSCIÊNCIAS, DO QUE CORRER CEGAMENTE PELAS RUAS, SEM TER CLAREZA DOS OBJETIVOS DO MOVIMENTO E DO SEU AMANHÃ. A MELHOR FRASE QUE VI ESCRITA EM UM CARTAZ DAS MANIFESTAÇÕES FOI: “DESCULPEM OS TRANSTORNOS, ESTAMOS MUDANDO O BRASIL” ! José C. Rolemberg PS : Não faço parte das Redes Sociais; se alguém quiser repassar, tudo bem.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Mia Couto, no discurso da entrega do Prêmio Camões
fotos daniel de andrade simõe
Num discurso de cerca de cinco minutos, Mia Couto considerou que os povos falantes de outras línguas nas nações lusófonas têm sido esquecidos, falou dos preconceitos que permanecem sobre os outros e fez uma referência à luta pela independência de Moçambique.
Mia Couto não quis dedicar o prémio, mas sim partilhá-lo com familiares e amigos, com o seu editor e em especial com o seu pai, Fernando Couto, que morreu este ano.
"Foi ele que me ensinou, não apenas a escrever poemas, mas a viver em poesia. Este prémio pertence a esse sentimento do mundo que ele me legou como uma sombra, que resta mesmo depois de tombar a última árvore", disse.
"Partilho, finalmente, este momento com a gente anónima de Moçambique, essa multidão que fabrica a nação viva e sonhadora que venho celebrando desde há mais de 30 anos", completou.
Segundo Mia Couto, embora muitos moçambicanos não saibam escrever ou sequer falar português, são co-autores dos seus livros e iluminam a sua escrita.
"Toda esta nação de gente tão diversa faz-se aqui representar pelo embaixador de Moçambique, meu compatriota Jacob Jeremias Nyambir, a quem eu saúdo especialmente,
e também como companheiro da luta de libertação nacional pela independência de Moçambique", referiu.
Na sua intervenção, Mia Couto falou da passagem de Luís de Camões pela Ilha de Moçambique, fantasiou sobre as possíveis paixões do poeta português nesse lugar e sobre a hipótese de este ter deixado descendentes que vivam hoje nas praias do Índico.
"Falei da Ilha de Moçambique enquanto metáfora desta constelação de nações que falam português, mas que não são faladas de igual maneira por esse idioma. Esquecemos, por vezes, que essas nações integram povos que falam outras línguas, que vivem outras culturas e outros deuses. Somos, enfim, produto de uma história que se fez só por metade. Da narrativa do nosso passado, faltam a voz e o rosto dos que, afastados da escrita, não puderam registar outras versões dos nossos encontros e desencontros", criticou.
O escritor moçambicano acrescentou que "talvez os escritores de hoje possam resgatar as vozes que ficaram esquecidas e ocultas".
Ainda a propósito de Camões, lembrou que "Os Lusíadas" obtiveram um parecer favorável da censura da Inquisição, apesar de algumas reservas por causa das referências aos deuses pagãos.
"Estamos longe desses tempos, mas não sei se estamos tão afastados dos desconhecimentos, preconceitos e medos sobre os outros, e sobre os deuses que esses outros se sonham. Não temos a censura da inquisição, mas temos outras censuras sem nome, que nos patrulham o pensamento e nos domesticam a ousadia da mudança, essa mudança que Camões tanto cantou como sendo a substância da vida e do tempo", considerou.
No final do seu discurso, Mia Couto declarou: "Todos sabemos o que está ainda por cumprir do vaticínio que Jorge de Sena atribuiu a Luís de Camões, e que dizia o seguinte: que da ilha rasgada pela história uma única ilha se fizesse, sem separação de miséria e de luxo, onde todos de igual modo pudessem da felicidade fazer morada"
domingo, 9 de junho de 2013
Proposta de Emenda a Constituição Federal
foto daniel de andrade simões
Como dizia o Teotônio, já passou da hora em acabar com a bandalheira em que estão submetendo o país !
É assim que começa.
Se cada destinatário encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços, e pedir a cada um deles para fazer o mesmo, em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. É idéia que deve ser considerada e repassada para o Povo.
Lei de Reforma do Congresso de 2011
(emenda à Constituição)
PEC de iniciativa popular:
Lei de Reforma do Congresso (proposta de emenda à Constituição Federal)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil.
2. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas participarão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Os senhores congressistas e assessores devem pagar seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4 Aos Congressistas fica vedado aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.
5. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.
7. Exercer um mandato no Congresso é uma honra e uma responsabilidade, não uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.
8. É vedada a atividade de lobista ou de ‘consultor’ quando o objeto tiver qualquer laço com a causa pública. “
Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.
A hora para esta PEC é AGORA.
É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO.
Se você concorda com o exposto, REPASSE. Caso contrário, basta apagar e dormir sossegado.
Por favor, mantenha esta mensagem CIRCULANDO para que possamos ajudar a reformar o Brasil.
Como dizia o Teotônio, já passou da hora em acabar com a bandalheira em que estão submetendo o país !
É assim que começa.
Se cada destinatário encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços, e pedir a cada um deles para fazer o mesmo, em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. É idéia que deve ser considerada e repassada para o Povo.
Lei de Reforma do Congresso de 2011
(emenda à Constituição)
PEC de iniciativa popular:
Lei de Reforma do Congresso (proposta de emenda à Constituição Federal)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil.
2. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas participarão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Os senhores congressistas e assessores devem pagar seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4 Aos Congressistas fica vedado aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.
5. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.
7. Exercer um mandato no Congresso é uma honra e uma responsabilidade, não uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.
8. É vedada a atividade de lobista ou de ‘consultor’ quando o objeto tiver qualquer laço com a causa pública. “
Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.
A hora para esta PEC é AGORA.
É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO.
Se você concorda com o exposto, REPASSE. Caso contrário, basta apagar e dormir sossegado.
Por favor, mantenha esta mensagem CIRCULANDO para que possamos ajudar a reformar o Brasil.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
foto arquivo do Leopoldo Paulino
Após 45 anos do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) promovido em Ibiúna (SP), em 1968, líderes estudantis presos pela ditadura militar durante o evento voltarão à cidade para participarem do 11º Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), realizado entre os dias 14 e 16 de junho. A confirmação foi feita na sexta-feira (17) pelo líder estudantil da geração de 68, Leopoldo Paulino, em visita à seda da UEE-SP. Paulino foi uma das principais vozes estudantis de oposição ao regime militar que assolou o país por 21 anos. Preso pelos militares durante do 30º Congresso da UNE, ele integrou a Ação Libertadora Nacional (ALN) e foi exilado político, vivendo em países como Chile, Argentina, Panamá, França e Dinamarca. “Temos um grupo na internet que reúne vários dos estudantes presos em Ibiúna em 1968. Quando soubemos do congresso promovido pela UEE-SP, decidimos não apenas ir para a abertura, mas para prestigiar o congresso todo”, contou Paulino ao presidente da UEE-SP, Alexandre Cherno Silva. Na opinião do ex-líder estudantil, será fundamental levar o evento à cidade que foi palco de um dos maiores atos de opressão da ditadura militar contra a juventude do país. “A luta é a mesma. Hoje ela pode ter outro contorno, em outro contexto, mas os princípios defendidos pelo movimento estudantil não mudam”, salientou Leopoldo Paulino. Além dele, já confirmaram presença no evento nomes como Franklin Martins, José Genoino, José Dirceu, Luiz Eduardo Curti, Reinaldo Morano Filho, entre outros militantes da geração de 68. Tempo de Resistência A frente de vários projetos culturais e ex-vereador de Ribeirão Preto, Leopoldo Paulino é autor do livro “Tempo de Resistência”, considerada uma das mais completas obras sobre a história da resistência jovem durante os anos da ditadura militar. O livro de Paulino foi transformado no documentário homônimo, dirigido pelo cineasta André Ristum. “Estamos nos programando para exibir o documentário durante o congresso. A obra de Paulino é um dos arquivos mais completos e precisos sobre a resistência estudantil”, destaca o presidente da UEE-SP. Alexandre Cherno Silva lembra que, além das pautas do movimento estudantil, o 11º Congresso da UEE-SP fará uma série de homenagens aos estudantes presos em Ibiúna em 1968. A principal delas será uma audiência realizada no evento pela Comissão Nacional da Verdade para a concessão da anistia aos estudantes presos no congresso da UNE. “Conquistar a anistia desses estudantes foi uma importante vitória da UEE-SP. Temos certeza que o congresso realizado no próximo mês irá carimbar a história da luta estudantil brasileira”, finaliza o presidente da UEE-SP. Fonte: Assessoria de imprensa UEE-SP
Leopoldo Paulino