domingo, 30 de junho de 2013

Armas Químicas ou Armas de Efeito Moral não Letais ? Por Rui Patterson


ARMAS QUÍMICAS OU ARMAS DE EFEITO MORAL NÃO LETAIS?
É a pergunta que rola na Feira Nacional MILIPOL (não por acaso a contrafação de Polícia Miiltar) em Paris. A empresa brasileira CONDOR (a semelhança com a Operação não é mera coincidência), que participa da Feira, nada de braçada no mercado de "armas não letais" de dispersão de distúrbios, aumentando as vendas em 90% em 38 países e que segundo a CONDOR vem 'salvando vidas', como as que ocorreram no Carandiru (111 presos mortos) e em Eldorado de Carajás (19 sem terra mortos).
Para a pesquisadora Anna Feigenbaum, da Universidade Bournemouth, Inglaterra, "arma química" é a expressão correta, e mais pesquisas devem ser feitas sobre os efeitos do gás lacrimogêneo e de pimenta.
O gás lacrimogêneo - brometo de benzila ou CS - causa irritação, queimaduras na boca, garganta, pulmões, dificuldade de respirar e mal estar. É letal em crianças de colo. Não há antídotos, a não ser sair do local e ir para o ar fresco, tirar lentes de contato, lavar com sabão neutro e água FRIA.
O gás de pimenta -OC - é um agente inflamatório das vias respiratórias e do olho, fechando-os por 30 minutos a 4 horas. Não há antídotos, a não ser xampu de bebê.
Os dois gases podem conjugar-se em bombas, sprays e extintores.
A Anistia Internacional considera-os como forma de tortura. Sua fabricação e emprego estão proibidos pela Organização Para a Proibição de Armas Químicas, artigo I-5.

                                                   foto daniel de andrade simões

As balas de borracha disparadas pela PM contra manifestantes podem ser letais se alcançam partes sensíveis e moles do corpo, como orifícios. Jornalistas, mesmo identificados, são alvos prediletos da PM, que disparam à queima roupa em direção aos seus globos oculares.
Daí serem ARMAS QUÍMICAS LETAIS, e não DE EFEITO MORAL.

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