Caravana da Anistia de Volta a Porto Alegre para julgar processos de reparações às vítimas da ditadura militar no Brasil
Foram seis processos julgados e aprovados por unanimidade pelos relatores. O Presidente Paulo Abraão proclama o resultado e apresenta pedido de desculpas, em nome do Estado pelos prejuízos causados as vítimas sempre acompanhado por uma salva de palmas dos presentes no auditório e relatores. De alguma forma essa salva de palmas, representa parabéns, por ter resistido à ditadura militar, por ter dado exemplo de cidadania e que servirá de incentivo à juventude a lutar contra as injustiças e por liberdade. Presença no auditório, estudantes de direito, autoridades, deputados , entre eles, o Presidente do Movimento dos Direitos Humanos, Jair Krischke, o deputado Raul Carrion do PCdoB, ex-deputada Luciana Genro...
Um dos importantes processos julgado foi do guerrilheiro Diogenes Sobrosa, parceiro do Lamarca no Vale da Ribeira, tendo como relator do processo o ex-preso político mineiro,
Nilmario Miranda coautor de “Dos Filhos Deste Solo” em parceria com
Carlos Tiburcio. Esta obra, foi fonte de informações para
Rui Patterson escrever, Quem Samba Fica...
Guerrilha do Araguaia não foi um episódio qualquer da história, diz presidente da Comissão de Anistia
Da Redação : www.sul21.com.br
O presidente da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, afirmou hoje (14) que a Guerrilha do Araguaia, que completou 40 anos no último dia 12, não foi um episódio qualquer da história do Brasil, mas sim um momento no qual houve um massacre direcionado a um conjunto de brasileiros resistentes em uma das maiores mobilizações militares.
A data foi lembrada durante o Sábado Resistente, ciclo de eventos realizado uma vez por mês no Memorial da Resistência de São Paulo. O evento é organizado pelo Memorial e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, para lembrar o período da ditadura militar no Brasil.
Hoje o encontro debateu o legado do movimento guerrilheiro, além da responsabilidade pelos crimes cometidos pelo Estado na região. “Reunir quase 3 mil soldados para dizimar a vida de 79 militantes é uma brutalidade que precisa ser cada vez mais denunciada e transformada em uma questão de debate público nacional para que as pessoas tenham consciência de que a violência da ditadura tem reflexos até os dias de hoje”, disse Abrão.
Segundo ele, é necessário um trabalho cotidiano para superar a cultura da violência.”Esse é o legado que a juventude do Araguaia deixa para nós”, acrescentou.
Atualmente, destacou Abrão, o país vive em uma democracia, porém ainda existem ambientes autoritários e de opressão nesse regime. “Saber se dar conta disso é perceber que a democracia não é um fim em si mesma, é um processo, e nossa tarefa hoje não é mais a de simplesmente reconquistar o direito de votar e viver com liberdade, e sim o de democratizar nossas relações sociais e aquilo que nos iguala enquanto cidadãos.”
Para o diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, Maurice Politi, é preciso regatar, a todo momento, os movimentos de resistência à ditadura militar, porque durante muitos anos passou-se uma borracha em cima do que aconteceu no país e, por isso, a juventude não conhece esse período da história. “Partimos do princípio de que, só conhecendo o passado, podemos entender o presente e construir um futuro melhor para que períodos como aquele não se repitam mais”, disse ele.
Um dos homenageados do dia, José Moraes, conhecido como Zé da Onça, era um camponês que vivia no Araguaia e apoiou os guerrilheiros que lá se instalaram, ajudando-os com alimentação, abrigo e transporte de mantimentos “Eu me sinto muito emocionado, forte, porque eles eram pessoas humildes, que ajudavam os outros. Eles viam uma pessoa pela primeira vez e parecia que já a conheciam há 200 anos. Eu amava aquele povo. O que lembro dos guerrilheiros, eu vi e conto o que vi ao vivo. Eu convivi com eles.”
O movimento guerrilheiro no Araguaia começou no fim dos anos 60 para lutar contra a ditadura militar. Organizado por pessoas ligadas ao PCdoB, o grupo acabou constituindo o primeiro movimento que enfrentou o Exército durante o regime militar. No conflito, morreram mais de 60 pessoas e muitos corpos continuam desaparecidos.
Com informações da Agência Brasil
O presidente da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, afirmou hoje (14) que a Guerrilha do Araguaia, que completou 40 anos no último dia 12, não foi um episódio qualquer da história do Brasil, mas sim um momento no qual houve um massacre direcionado a um conjunto de brasileiros resistentes em uma das maiores mobilizações militares.
A data foi lembrada durante o Sábado Resistente, ciclo de eventos realizado uma vez por mês no Memorial da Resistência de São Paulo. O evento é organizado pelo Memorial e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, para lembrar o período da ditadura militar no Brasil.
Hoje o encontro debateu o legado do movimento guerrilheiro, além da responsabilidade pelos crimes cometidos pelo Estado na região. “Reunir quase 3 mil soldados para dizimar a vida de 79 militantes é uma brutalidade que precisa ser cada vez mais denunciada e transformada em uma questão de debate público nacional para que as pessoas tenham consciência de que a violência da ditadura tem reflexos até os dias de hoje”, disse Abrão.
Segundo ele, é necessário um trabalho cotidiano para superar a cultura da violência.”Esse é o legado que a juventude do Araguaia deixa para nós”, acrescentou.
Atualmente, destacou Abrão, o país vive em uma democracia, porém ainda existem ambientes autoritários e de opressão nesse regime. “Saber se dar conta disso é perceber que a democracia não é um fim em si mesma, é um processo, e nossa tarefa hoje não é mais a de simplesmente reconquistar o direito de votar e viver com liberdade, e sim o de democratizar nossas relações sociais e aquilo que nos iguala enquanto cidadãos.”
Para o diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, Maurice Politi, é preciso regatar, a todo momento, os movimentos de resistência à ditadura militar, porque durante muitos anos passou-se uma borracha em cima do que aconteceu no país e, por isso, a juventude não conhece esse período da história. “Partimos do princípio de que, só conhecendo o passado, podemos entender o presente e construir um futuro melhor para que períodos como aquele não se repitam mais”, disse ele.
Um dos homenageados do dia, José Moraes, conhecido como Zé da Onça, era um camponês que vivia no Araguaia e apoiou os guerrilheiros que lá se instalaram, ajudando-os com alimentação, abrigo e transporte de mantimentos “Eu me sinto muito emocionado, forte, porque eles eram pessoas humildes, que ajudavam os outros. Eles viam uma pessoa pela primeira vez e parecia que já a conheciam há 200 anos. Eu amava aquele povo. O que lembro dos guerrilheiros, eu vi e conto o que vi ao vivo. Eu convivi com eles.”
O movimento guerrilheiro no Araguaia começou no fim dos anos 60 para lutar contra a ditadura militar. Organizado por pessoas ligadas ao PCdoB, o grupo acabou constituindo o primeiro movimento que enfrentou o Exército durante o regime militar. No conflito, morreram mais de 60 pessoas e muitos corpos continuam desaparecidos.
Com informações da Agência Brasil
Dr. Paulo Abrão e Equipe do Ministério da Justiça
Presença da juventude
Nilmario Miranda - Conselheiro da Comissão de Anistia
Familiares vítimas da Ditadura
fotos daniel de andrade simões
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