Encontro com Mia Couto 58ª Feira do livro de Porto Alegre – 2012
Mia Couto, simplicidade, humor e alegria, marcaram o final da tarde do dia 11 de novembro no Teatro Sancho Pança. Lotado pelos gaúchos, leitores e fãs. Fez como seus pais outrora fizeram, nos contou estórias, assim como a sua relação em ouvir as estórias da gente do seu país. A literatura que produz é mais sentimento que ideia, por isto o que devolve à violência é o afeto e o reencontro das pessoas com o seu lugar. Disse que a literatura pode resgatar o passado de Moçambique sem rancores e confrontar-se com sua História. O livro Terra Sonâmbula é um exemplo, pois foi uma maneira de construir a paz dentro de si naqueles tempos de guerra. Sua pátria é sua língua e o que faz é “limpar o pó das palavras”, resultado também do namoro de outras línguas de Moçambique com a língua portuguesa. Afinal, a literatura seduz e alicia..“A literatura que eu gosto é a que me faz escutar” diz. Nós também Mia, gostamos de lê-lo e escutá-lo sempre. Stella Petrasi
Mia, ganhador de palavras. Em tempos idos e sérios, época em que não se permitiam brincadeiras, passei ao amigo e companheiro de lutas, a palavra esculhambação. Essa palavra era por ele desconhecida. Seu pai Antonio Couto, poeta e jornalista era meu parceiro nesse jogo do bem fazer alegrias, Mia discretamente sorria, com o tempo foi esculhambando também para descontrair a vida tensa na FRELIMO. daniel, o blogueiro
Luiz Coronel, patrono da Feira do Livro de 2012. Poeta recepcionando outro poeta. Com delicadeza, alegria, amáveis e inteligentes palavras ao receber o Mia.
"Ninguém, na verdade, viaja para uma ilha. As ilhas existem dentro de nós, como um território sonhado, como um pedaço do nosso passado que se soltou do tempo" Mia, em Pensageiro Frequente
Juventude moçambicana engajada na luta de libertação com Samora Machel, 1976. fotos daniel de andrade simões
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