quarta-feira, 6 de junho de 2012

Rui Patterson, autor de "Quem Samba Fica", fugindo dos terremotos da Itália quebrou um pé. Ele tem mania de quebrar "suas coisas" enviou estes versinhos da literatura de cordel

foto daniel de andrade simões


Dani Maluco,

É, tou aqui com o verso de pé quebrado, tipo:
"Naquele mesmo momento
Tocaram uma sineta
Chegou Bigode de Sopa
Acompanhado de Falseta
Chegou também Pinga-Pinga
Metendo o dedo no binga
Da diaba Carrapeta".

("A Chegada de Lampião no Inferno", criação cordelística imortal de Rodolfo Coelho Cavalcante. Vá no Mercado Central de Aracaju, ele estará lá, vivo, forte e rijo, vendendo seus cordéis. Todos com versos de pé quebrado, sem métrica, mas com muita beleza, como a quadrinha que te mandei acima).
Ou então, um cordel em versos com métrica, que não são de pé quebrado, ainda mais bonito:

"Eram seis horas da tarde
Justo na hora da ceia
Quando a turba proletária
Por não terem luminária
Acendem a pobre candeia".

(Rodoviária de Feira de Santana- BA, mural, autor desconhecido).
Por aí.
Rui Patterson patterson@terra.com.br

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