Tentando contribuir: Acho que Marx tinha razão quando dizia que a história avança pelas contradições. Também fez uma análise do capitalismo válida até hoje mas foi otimista e beirou o idealismo nas propostas políticas. A tensão entre o pessoal (individual) e o coletivo é, a meu ver, muito bem analisada por Norbert Elias nas duas obras: "O Processos Civilizatório" e "A Sociedade dos Indivíduos". Há uma dinâmica do coletivo, da história, que independe de vontades individuais mas há uma realidade subjetiva que pode, até certo ponto, superar as imposições históricas. Acho que hoje vivemos a grande crise do capitalismo financeiro, esgotado nos seus mecanismos de exploração e buscando reorganizar-se para continuar a explorar sem que os estados nacionais tenham mecanismos para controla-lo, e ao mesmo tempo vivemos uma transição civilizatória que produz a emergência de nova subjetividade, ou seja de uma nova forma de ser humanidade. As novas tecnologias de comunicação aliadas a nova consciência de direitos são , a meu ver,uma dimensão deste fenômeno.
Sobre o caso brasileiro, que a meu ver é parte da crise mundial, anexo o artigo do Vicente Faleiros que me parece uma análise lúcida. Um abraço aos companheiro conhecidos ou não, Carmem Craidy (nascida em 1942 e com vivência da ditadura)
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