“As “Crônicas do Barracão” são relatos, que priorizam a
camaradagem, a História, as partilhas coletivas na concretude da realidade
material. Elas articulam saberes e constroem modelos que ampliam a visão do
mundo. Não são ficções, mas fatos, casos e histórias trazidos com realismo e
honestidade pela memória que o tempo não conseguiu destruir, ao contrário,
superam desafios, explicam o presente e prospectam o futuro”.
Entre os personagens das Crônicas do Barracão, Manoel Macêdo
cita meu amigo valentão Tonho de Santinha. Jovem, de boa família, afeiçoado e
violento. Um clone de heroi. Morava na fazenda, divisa entre Esplanada e Rio
Real. Apresentava-se na cidade montado no seu cavalo branco e bem arriado,
cabelos longos, esguio e conversador. Bebia e falava muito alto. Mostrava as
acrobacias e galopes de seu cavalo nas ruas, em sua maioria de barro e terra.
Assassinou um jovem de bicicleta montado no seu cavalo em disparada a caminho
do Buril. Foi preso, não pela arruaças contumazes, mas por esse homicídio, em
breve libertado por júri popular patrocinado pelos pedidos e influências das
elites do local.
fotos daniel de andrade simões
fotos daniel de andrade simões
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