domingo, 21 de setembro de 2014

Crônicas do Barracão (atual Rio Real) por Manoel Moacir Costa Macêdo

                                                      “As “Crônicas do Barracão” são relatos, que priorizam a camaradagem, a História, as partilhas coletivas na concretude da realidade material. Elas articulam saberes e constroem modelos que ampliam a visão do mundo. Não são ficções, mas fatos, casos e histórias trazidos com realismo e honestidade pela memória que o tempo não conseguiu destruir, ao contrário, superam desafios, explicam o presente e prospectam o futuro”.
Entre os personagens das Crônicas do Barracão, Manoel Macêdo cita meu amigo valentão Tonho de Santinha. Jovem, de boa família, afeiçoado e violento. Um clone de heroi. Morava na fazenda, divisa entre Esplanada e Rio Real. Apresentava-se na cidade montado no seu cavalo branco e bem arriado, cabelos longos, esguio e conversador. Bebia e falava muito alto. Mostrava as acrobacias e galopes de seu cavalo nas ruas, em sua maioria de barro e terra. Assassinou um jovem de bicicleta montado no seu cavalo em disparada a caminho do Buril. Foi preso, não pela arruaças contumazes, mas por esse homicídio, em breve libertado por júri popular patrocinado pelos pedidos e influências das elites do local.
                                                   fotos daniel de andrade simões
                                                          fotos daniel de andrade simões

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