terça-feira, 2 de julho de 2013

In Memoriam Para Ubiratan Castro e Sabrina Gledhill - Por Rui Patterson

                   Paris - Ubiratan Castro de Araújo - foto daniel de andrade simões

CHAMA O GENERAL LABATUT E SUA GALERA, RÁPIDO!(Com a devida licença literária de Ubiratan Castro, o Bira Gordo, in memoriam, e Sabrina Gledhill, personagens do meu livro QSF-MEG, também conhecido como O Pequeno Livro das Profecias).
Pierre Labatut, francês de Cannes, libertário para uns, arrivista para outros, combateu na guerra de independência dos EUA, na Colômbia com Simon Bolívar, nas Antilhas e na Guiana Francesa, vindo para o Brasil a convite do imperador-regente Pedro I. José Bonifácio de Andrada ordenou-lhe formar o Exército Pacificador, que de pacífico não tinha nada, por falta de oficiais no exército brasileiro. Seguiu para a Bahia juntando-se a Thomas Alexander Cochrane, o Lord Cochrane, escocês de Annsfield (obrigado, Sabrina) e seu lugar-tenente John Pascoe Greenfell, veteranos de lutas libertárias pelas Américas. Com uma fragata, duas corvetas e dois brigues (mais do que a força-tarefa que a Marinha tem hoje na Bahia), enfrentaram e venceram os portugueses do general Luís Madeira de Mello na Batalha de Pirajá (8.11.1822), rendendo-se no dia 2 de julho de 1923.
Essa galera, em pouco mais de um ano, libertou o Brasil do jugo português e todos os escravos que encontrava, o que causou profundo descontentamento aos escravagistas brasileiros.
Quem sabe chamando-os de volta, como zumbis high-tech, a gente consiga nesse Dois de Julho, ou até o próximo, vencer nossas dificuldades imediatas com autoridades escravagistas que se recusam a ver o que se passa sob seus olhos e continuam lépidos e fagueiros praticando discursos 'emboramente' ao invés de levantarem suas lustrosas bundinhas dos gabinetes e irem à luta, irem ao povo.
Labatut, Cochrane, Pascoe, Lamare, contando com a ajuda de Maria Felipa, João Francisco de Oliveira Botas, o João das Botas, sargento Ladislau Santos Titara, Corneteiro Lopes, o do toque de 'atacar' ao invés de 'recuar', como queriam os oficiais brasileiros, resolveriam esses e outros problemas com as duas mãos nas costas.
Depois do serviço feito serão chamados à ordem e terão cassados os seus títulos, mas isso faz parte da História do Brasil.
PS: Pirajá, pira-yá em tupi-guarani, é aquário, viveiro de peixes. Quem sabe a Era incentiva nossos governantes e zelites a mudarem, se não o mundo, pelo menos a Bahia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário