quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Brasil Carinhoso

                                        foto daniel de andrade simões

"O capitalismo não consegue se corrigir. É um sistema social que nós poderíamos chamar de intrinsecamente perverso. Está sempre dizendo cinicamente que só vale a lei do mais forte. Nenhuma civilização sobrevive sem ética" - Florestan Fernandes 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ditadura violou direitos de 50 mil brasileiros. Todos agentes da repressão terão de depor

                                                                   foto daniel de andrade simões

      

Publicado em 26-Fev-2013
no blog do Zé (Zé Dirceu)

Balanço apresentado pela Comissão Nacional da Verdade conclui que a ditadura violou direitos de cerca de 50 mil pessoas no Brasil. Os opositores do regime militar também eram presos em navios e estádios de futebol. É de se lamentar, entristece que o país e os brasileiros tenham passado por isso, mas há também uma boa notícia: a Comissão já identificou “várias dezenas” de integrantes da repressão - militares, policiais e até civis - que atuaram durante a ditadura, está intimando-os e vai convocar todos a depor para repor a verdade dos fatos...ImageBalanço apresentado nesta 2ª feira (ontem) pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) indica que a ditadura violou direitos de cerca de 50 mil pessoas no Brasil, entre presos políticos, exilados e torturados, além de pessoas que perderam parentes - centenas, nas listas de desaparecidos - e outras que sofreram algum tipo de perseguição no período de 1964 a 1985.

O balanço foi apresentado no encontro da Comissão Nacional com representantes de Comissões da Verdade dos Estados. O número já era conhecido, calculáva-se que chegaria a isto mesmo, só não tinha aparecido antes com essa precisão. É de se lamentar, entristece que o país e os brasileiros tenham passado por isso, mas no momento em que é divulgado, vem acompanhado, também, de uma boa notícia: a Comissão já identificou “várias dezenas” de integrantes da repressão - militares, policiais e até civis - que atuaram durante a ditadura e está intimando-os e vai convocar todos a depor para repor a verdade dos fatos.

Muitos já foram ouvidos, revelou a Comissão, e todos serão convocados a depor. No balanço divulgado ontem, durante a apresentação do grupo que trata da estrutura da repressão, o assessor que fez a explanação, Guaracy Mingardi, e uma das integrantes da CNV, Rosa Maria Cardoso da Cunha, falaram sobre a ação e números da repressão.

Todos serão convocados a depor


"Já identificamos várias dúzias - não foram duas ou três apenas - de membros da repressão. Com nome, RG e endereço", adiantou Mingardi.

De acordo com a Comissão, algumas dessas pessoas já foram ouvidas e outras ainda serão, inclusive por meio de convocação. Quem se recusar a comparecer pode ser processado por desobediência. Até agora já foram realizadas 40 oitivas pela comissão.

Em sua exposição durante a reunião, a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha - advogada da presidenta Dilma Rousseff no início dos anos 70, quando ela estava presa em SP - coordenadora do grupo “Golpe Civil Militar de 1964” da Comissão, afirmou que os primeiros levantamentos sugerem que cerca de 50 mil pessoas foram presas em 1964, no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco.

Ela lembrou, ainda, que os opositores do regime militar também eram presos em navios e estádios de futebol. Nos navios Raul Soares (na costa de Santos) e Almirante Alexandrino, cerca de 600 pessoas foram mantidas presas, em sua maioria sargentos e lideranças sindicais. Rosa citou o estádio Caio Martins, em Niterói, como um dos centros de detenção em massa da ditadura.

Um Estado sem limite repressivo


"O uso dessa violência permitiu ao regime militar construir o estatuto de um Estado sem limite repressivo. Com três consequências: inoculou a tortura como forma de interrogatório nos quarteis militares, a partir de 1964; fez da tortura força motriz da repressão praticada pelo Estado brasileiro até pelo menos 1976; possibilitou ao Estado executar atos considerados inéditos em nossa história política: a materialização de atos de tortura, assassinato, desaparecimento e sequestro", disse Rosa.

Outra atitude elogiável nos chega do presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous. Ele cobra que os atos de tortura envolvendo crianças durante a ditadura militar sejam investigados. "Aos poucos, vão se revelando novos fatos que mostram que as barbaridades cometidas à época da ditadura tiveram requintes de crueldade, cuja dimensão não se sabia ou se pensava. Estamos descobrindo que nem as crianças escaparam da sanha assassina dos torturadores", avaliou Damous.

Na avaliação de Wadih Damous - indicado para presidir a Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (ainda não instalada) -, o conhecimento sobre esses episódios é didático. "Os episódios agora revelados ensinam que a atitude de considerar fatos ocorridos na ditadura como página virada, condenados ao esquecimento, é equivocada. Todos devemos conhecer as circunstâncias e os autores desses atos e saber a mando de quem os praticaram para que nunca mais aconteçam. Essa é uma exigência da democracia brasileira", acentuou.

(Foto: Marcelo Camargo/ABr)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Enquanto isso, aqui na terra nós humanos...


 fotos daniel de andrade simões
 
Roland Barthes fala do punctum da imagem fotográfica. Existe um detalhe, que pode não ser imediatamente visível, mas que atua como centro de gravidade da nossa sensibilidade. Disputa o olhar.
A foto fala sobretudo do instante lutando contra a morte. O fotógrafo é eternizador do instante. O que importa não é o que está lá, mas o quanto nós nos revemos na imagem.
 


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sergius Gonzaga conferindo o tempo Já...

                                                                       foto daniel de andrade simões

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Eduardo Tavares, fotógrafo, professor, produtor de vinho da Quinta das Tarântulas... a ele, nada lhe foi perguntado, por isso, ele mandou esse recado aos velhos políticos de Brasília

                                                                cacto e dedação... foto daniel de andrade simões

Rio Real, Se. Chapeu de couro que perdeu acento e a cabeça.

                                                                 foto daniel de andrade simões

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Marqueteiro desde pequeno. "Tá jabá" ...

                                                foto daniel de andrade simões

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Lisboa e o lambe-lambe da praça...

                         Quem possui uma ou mais delas ?...foto daniel de andrade simões

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Amapá... demarcação de terras indígenas

        1992 -  Caupi (Cauby e Capi) estudando o mapa do Amapá - foto daniel de andrade simões

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Nosotros Consumidores da Vida

Primeira Dama e Vereadora Janete e o Prefeito de Macapá Capi com a chave do seu primeiro automóvel - foto daniel de andrade simões






Entrada

x







Don Capi De La Mancha...,
Hoje tentando sintonizar o jogo brasil inglaterra, parei no senado ouvindo o companheiro amigo capi, nosso De La Mancha. Como sempre, na luta em defesa da vida, da preservação das nossas florestas, rios, ar e o escambau que compõem a  terra...coisas que vale investir, garantir a vida atual e das futuras gerações. O Banco Mundial segundo o senador é um grande parceiro, oxalá. O confronto é com o tal de desenvolvimento industrial e nosso consumo. Devemos ter uma preocupação sustentável...Capi abordou no seu discurso na tribuna os pontos mais sérios nessa luta ecológica.
Agora mestre Capi, vamos relembrar os tempos em que desenvolvimento estava diretamente ligada, não só no Amapá, como em todo território nacional ao asfalto. Quero somente relembrar esse tempo em que acompanhava você prefeito e janete vereadora, grande e honesta lutadora em defesa dos mais necessitados. Bueno, fábrica de asfalto, era grande xodó, o orgulho do jovem prefeito que acordava as 5 h., ia na minha porta e da stella minha companheira, na residência oficial do prefeito... e, dani...dani...acorda ... lá íamos nós "tomar um mingau" no cais e seguir nas inspeções. Na fiscalização das obras das estradas, em combate a poeira que tanto mal fazia aos moradores. Você de alguma forma era aplaudido, não estava sozinho nesse combate. Asfalto e carros começaram a rodar nas ruas de Macapá. Veio a poluição e o calor.
Agora, você como senador, Janete deputada, Camilo governador, Randolfe no seu conhecimento histórico da formação do Estado... Tá mesmo na hora da doideira. Coisa para político de "culhão roxo e aquilo riscado"... Invadam as ruas com tratores, retro escavadeiras e retirem o asfalto. Ponham  carroças e bicicletas nas ruas, vamos andar a pé, de barcos, canoas e de bicicletas. Substituam o asfalto por canais com água do rio amazonas. Retirando os automóveis e o asfalto, cairá a temperatura, desaparecerá a poeira, e a violência. MACAPÁ será conhecida como a VENEZA do norte.Os amigos serão aplaudidos por todo globo terrestre, vocês podem! Serão conhecidos no mundo como malucos beleza. Esse é o Capi que gosto, essa é a Janete corajosa que queremos, esse é o Camilo que nasceu para mudar.
Daniel de Andrade Simões, fotógrafo e bobo da Côrte

Amigos Dani e Stella:
Não tem nada de engraçado! Isso é um sonho que se realizado pelo menos em parte, alegraria o coração do mundo.
Gostaria de estar vivo para ver e usufruir dessa cidade sem carros. Aliás, quando eu era menino, ja morando em Rio Branco,
não tinha carro nenhum por aqui. Aliás, tinha um micro-onibus, caindo os pedaços, que subia e descia uma ladeira da rua principal.
O humor dos nordestinos praguejantes da época colocou nele o nome CUPA, afixado na parte frontal do veículo que permanecia
num indolente vai e vem: o "cupa-sobe". o "cupa-dece". Ah, como a vida naqueles tempos era bem mais criativa e prazeirosa!
  
Elson Martins, jornalista acreano - entre muitos outros trabalhos, criou a Folha do Amapá

 
 



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Daniel/Reginaldo por MIA COUTO

foto daniel de andrade simões

Daniel de Andrade Simões, nascido em 30 de janeiro de 1948 em Rio Real, Bahia, quase gaúcho de Livramento. Fotógrafo profissional, com exposições várias, livros etc. Ex-coojornalista, trabalhou para grande e pequena imprensa. Ex-exilado (ex de muitas coisas) no Chile, França. Preso e expulso da Dinamarca e Alemanha, quando tentava exílio, fugindo da ditadura brasileira. A França o acolhe como exilado. Foi preso em Salvador nos quartéis do VI Exército e Lemos de Brito. Companheiro de Nemésio  Garcia, Getúlio Gouveia, Ubiratan Castro de Araújo, Luiz Carlos Maia Bittencourt, Rui Pinto Patterson e outros...Parceiro de lutas com Leopoldo Paulino do "Tempo de Resistência" do Wilson Barbosa do Nascimento etc. Em Moçambique, atuou na AIM-Agência de Informação Moçambicana com Mia Couto e a FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique. Com a palavra, Mia Couto: ”Encontrei Daniel de Andrade Simões nesse momento de nação em festa (nessa altura, ele dava pelo nome de Reginaldo Faria Leite e até aqui, no fundo do meu registo de afectos, ele mantém o mesmo nome). O fotografo brasileiro foi meu colega de profissão e juntos fizemos viagem pelo país que se sacudia do passado. Andrade fazia parte de uma comunidade de brasileiros que, fugidos da ditadura militar do Brasil, encontravam em Moçambique uma pátria para realização dos seus perseguidos ensejos de justiça. Alguns traziam marcado o sofrimento de perseguição. Mas Daniel (aliás Reginaldo) era portador de uma ironia permanente e exercia a alegria como se tratasse de uma crença. Não precisávamos de mais tempo para vivermos tudo. E assim quando olhava as fotografias de Daniel eu não via como elas continham o tempo. Para mim eram armas de uso imediato, munições que esgrimíamos contra o “inimigo”de classe. Não havia maior assunto que o nosso e o mundo inteiro estava na ponta dos nossos dedos.
Mas já nessa altura eu reparara: Reginaldo Faria Leite, aliás Daniel de Andrade Simões, era alguém que fotografava com a alma inteira. Não era a máquina. Ele, todo ele, se deixava impregnar pelos outros. Essa disponibilidade é o segredo de ser feliz. Mais que isso de produzir felicidade”Mia Couto
Em 1980, após anistia, trabalha para o Coojornal, RBS, free-lancer da grande imprensa. Cria a Gaia História e Fotografia com Stella Petrasi, sua companheira.Tem 2 filhos, José Daniel Craidy Simões e Ana Craidy Simões.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cavalgando nas praias do Rio Grande do Sul

                                                       Bandeira enlutada pelos mortos de Santa Maria





 Aos mortos de Santa Maria - fotos daniel de andrade simões