sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mario Quintana - Eterno Patrono da Feira do Livro de Porto Alegre - Abertura hoje 28.10.2011

Texto e fotos daniel de andrade simões

Mario Quintana Alegretense
Sempre que o encontrava mapeando com seus passos ruas e calçadas da cidade, sentado sozinho na praça ou conversando com amigos, outras vezes no seu habitat, a Feira do Livro, quando me avistava certamente pensava “lá vem o retratista baiano com sua máquina tanger meu silêncio” ...A minha máquina eu dizia, é foto merecida, de um poeta verdadeiro ...Ele é anjo da cidade Poeta engraçado, de olhar calado. Vivendo sua angelical história. Amigos tem muitos, anônimos e famosos. Ele, o poeta somos nós. Loucos pela vida. Viajantes do tempo. Contadores de nuvens. Passageiros do vento...

O que nos acontece nada tem com a gente

                                                  o que nos acontece
                                                  são simples acidentes que chegam de olhos fechados
                                                  num jogo de cabra-cega
                                                  e mesmo a morte
                                                  é aquela conhecidíssima, aquela antiga brincadeira
                                                  de fingir de estátuas
                                                                                           Mário Quintana

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MuroFalante

Araújo Viana,  Porto Alegre RS -  foto daniel andrade simões

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Jair Krischke e os Troféus em homenagem a sua luta por Justiça e Direitos Humanos

fotos daniel de andrade simões


MOVIMENTO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS/Brasil INFORMA: O Senado Federal aprovou ontem, o PLC 41/2010, que foi enviado para a sanção da Presidente.  O texto extingue a possibilidade do sigilo eterno, restrita a reserva ao máximo de 50 anos (25 prorrogáveis por mais 25, uma única vez). O art. 21 e parágrafo único do projeto aprovado estabelecem que:  Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.A aprovação desse dispositivo incide diretamente no PLC 88/2011, eis que a norma do Art. 4o, par. 2o, que estabelece a impossibilidade de serem levados ao conhecimento de terceiros os documentos e informações sigilosos que chegarem ao conhecimento da Comissão Nacional da Verdade passa a ter o significado de que todos os documentos ou informações que tratem de violações de direitos humanos praticados por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas podem ser objeto de ampla divulgação não havendo mais restrição a que sejam enviadas também ao Ministério Público.Assim, uma das modificações que buscávamos foi alcançada por outro caminho......Acredito que os senadores não apresentarão emendas no sentido de supressão ou alteração do art. 4o, par. 2º, durante a votação que ocorrerá hoje.


Placa para Tenório
Ruy Castro
RIO DE JANEIRO - No dia 18 de março de 1976, o pianista brasileiro Francisco Tenório Jr., 33, estava em Buenos Aires para uma temporada no Teatro Rex com seus patrícios Vinicius de Moraes e Toquinho. Naquela noite, saiu do hotel Normandie, onde estavam hospedados, e deixou um bilhete: "Vou comprar cigarros e um remédio. Volto já". Não voltou -nunca mais.
Fora confundido com um militante procurado pela ditadura argentina e levado preso. Por falar bem espanhol e com sotaque portenho, não acreditaram que fosse brasileiro, músico e inocente. Passaram a torturá-lo, com a colaboração, a partir do quinto dia, de agentes brasileiros da Operação Condor, braço internacional das ditaduras argentina, brasileira, chilena e uruguaia.
Nove dias depois, seus algozes se convenceram de que tinham se enganado. Mas, já então, Tenório estava cruelmente machucado. Pior: vira o rosto deles. Não podiam devolvê-lo à rua. O jeito era matá-lo, o que fizeram com um tiro, no dia 27. Dali Tenório foi dado como "desaparecido", e o Brasil nunca se empenhou em elucidar o fim de um de seus filhos mais talentosos -autor, em 1964, aos 21 anos, do grande disco instrumental "Embalo".
Os detalhes gravíssimos sobre a morte de Tenório só começaram a aparecer dez anos depois, em 1986, e mesmo assim porque um membro da inteligência argentina resolveu contar. Pois, agora, os argentinos, que não estão varrendo a sua ditadura para debaixo do tapete, nos darão em breve nova lição.
No dia 16 de novembro, às 14 h, a cidade de Buenos Aires, por iniciativa do deputado portenho Raul Puy, homenageará Tenório com uma placa na fachada do hotel Normandie, na rua Rodríguez Peña, 320, de onde ele saiu para morrer. Ela dirá: "Aqui se hospedou este brilhante músico brasileiro, vítima da ditadura militar argentina".

Pastor Vende Casa no Céu - Minha Casa, Minha Dívida - Ao persistirem os sintomas, o psiquiatra deverá ser consultado !

foto daniel de andrade simões

Minha gente vamos comprar nossa casinha humilde para o descanso eterno!!!
Prestações financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, custam em torno de 300 reais e fiel garante um espaço no céu sem burocracia
Um pastor da Igreja Deus é Dinheiro está financiando moradia no céu em até 360 vezes, através do programa do Governo Federal “Minha casa, Minha Vida”. Lançado na manhã desta terça-feira (25), cerca de 4 mil lotes já foram vendidos em poucas horas. A prestação custa em torno de 300 reais mensal, e fica garantido o espaço do fiel no reino do céu, sem burocracia.
“Vale a pena o esforço, pois o fiel estará garantindo o seu espaço no céu”, disse o pastor, que também parabenizou o governo por aceitar que os lotes celestes sejam financiados pelo Minha Casa, Minha Vida.
O pastor ressalta também que, a pessoa que não comprar um terreno no céu, correrá o serio risco de ficar sem espaço lá em cima, e ter que ir morar no inferno quando morrer. “As pessoas não podem pensar só na terra, elas precisam pensar também no futuro, e pensar em alcançar o reino do céu”, afirma o pastor.
Quem quiser comprar à vista, também pode. O pedacinho de chão mais barato custa em torno de 40 mil reais.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

MurosFalantes


1 paris 1975 - 2 alagoas fotos daniel de andrade simões

Exílio na Bélgica (1977) do poeta Jaime Cardoso, Lilian e filho

foto daniel de andrade simões

                                                                Gulf Stream

                                                                Nós temos uma caneta tremendo
                                                                E um vazio
                                                                -Entre rumo e silêncio
                                                                Gulf Stream –

                                                                Nós temos uma caneta vazando
                                                                sentimentos
                                                                -Entre consciência e pranto
                                                                Gulf Stream

                                                                 Nós
                                                                 América
                                                                 Colombos sem nave
                                                                 vagando
                                                                 papéis imensos
                                                                 como o mar
                                                                 temos sentimentos
                                                                 e uma caneta vazia
                                                                 Gulf Stream

                                                                                               Jaime Cardoso

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Cabo Anselmo, a lata de um pústula cínico e traidor

foto TV daniel de andrade simões

Essa é a cara de um crápula ciníco e traidor. Ex-marinheiro que se vendeu aos torturadores da ditadura militar e civil. Infiltrou-se nas organizações de esquerda e entregou (denunciou)  militantes, inclusive sua companheira e mulher Soledad ( paraguaia)  morta após tortura nas mãos do Fleury e Romeu Tuma. colaborou com  os órgãos de repressão, denunciou seus amigos e companheiros. Muitos foram  torturados e mortos.
É uma figura tão execrável que nem os militares da linha dura respeitam. Hoje pleiteia anistia e aposentadoria. Muitas famílias ainda choram a  morte de seus filhos, exemplos de cidadãos brasileiros.
Cabo Anselmo, nem cabo chegou a ser, era um marinheiro chinfrim, traidor da pior espécie.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Profecia Antropofágica

Chegará o dia em que os pobres não terão mais nada para comer, a não ser os ricos. http://www.diariogauche.blogspot.com/
Os Deserdados - foto daniel de andrade simões
“Direita precisou ressuscitar cabo Anselmo depois da criação da Comissão da Verdade”
Por Bia Barbosa, na Carta Maior
Na noite desta segunda-feira (17), a TV Cultura volta a transmitir ao vivo o programa Roda Viva, sob o comando agora do jornalista Mario Sergio Conti, diretor de redação da revista “piauí” e ex-diretor da “Veja”. O entrevistado é o ex-militar José Anselmo dos Santos – o cabo Anselmo – que, expulso da Marinha após um motim, nos anos 60, foi preso pela ditadura militar. Em troca da liberdade, delatou perseguidos políticos ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops, incluindo sua namorada, Soledad Viedma, que acabou morta pela tortura. Cooptado pelos órgãos de segurança, tornou-se agente duplo. E sua atuação foi decisiva para desmontar grupos de resistência armada urbana à ditadura.
Entre os entrevistadores de hoje estão os jornalistas Fernando de Barros e Silva e Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo; Fausto Macedo, do Estadão; e Jorge Serrão, autor do livro “O Homem que não existe – o Cabo Anselmo abre seus Arquivos”, escrito em parceria com o entrevistado.
Segundo jornalistas da TV Cultura ouvidos pela Carta Maior, Cabo Anselmo pleiteia, com a entrevista, reivindicar uma identidade, já que até hoje vive “perseguido e como clandestino”. Oficialmente, ele não possui nenhum documento de identificação (como RG ou CPF) emitido pelo Estado brasileiro. Mas, segundo a equipe da Cultura, a bancada do Roda Viva, em teoria, terá liberdade para perguntar o que quiser ao ex-militar. A produção do programa recebeu um novo livro do cabo Anselmo, ainda não publicado, onde ele revela mais nomes e fatos sobre o período da ditadura.
O advogado Aton Fon Filho, da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, no entanto, não apenas tem poucas expectativas em relação à entrevista como acredita que o programa será uma expressão das vozes militares. Membro do Comitê Nacional pelo Direito à Memória, à Verdade e à Justiça – que tem feito diversas mobilizações pelo país pedindo alterações no projeto de lei de criação da Comissão da Verdade aprovado na Câmara dos Deputados – Fon acredita que a participação do Cabo Anselmo no Roda Viva desta noite é mais uma ação da direita.
“Em função de todo o debate sobre a Comissão da Verdade no país, a direita está reagindo. Podemos achar que é impossível mudar a correlação de forças para alterar o projeto da Comissão da Verdade e avançar rumo à Justiça. Mas estamos obrigando a direita a desenterrar pessoas como o Cabo Anselmo e figuras como Jorge Serrão e Mario Sergio Conti para dar uma resposta. Essa bancada de entrevistadores é de extrema-direita”, criticou. “Podem perguntar o que quiserem, mas um indivíduo como o Cabo Anselmo sempre terá uma justificativa para tudo. Não é igual filme americano, em que uma boa pergunta pode desbaratar uma testemunha plantada”, acrescentou.

Para familiares de mortos e desaparecidos políticos e militantes de defesa dos direitos humanos, dar espaço para um discurso como o de Cabo Anselmo na TV brasileira neste momento revela que os setores reacionários continuam contando com o apoio da grande mídia para evitar que se faça justiça no Brasil em torno das violações praticadas pelo regime militar. E se os aparelhos de repressão continuam funcionando a todo vapor – como revelou a reportagem de Leandro Fortes na última edição de Carta Capital – o colaboracionismo de parcela da imprensa com os militares também pode não ter se dissipado nos últimos 30 anos.

“Não nos esqueçamos que a Escola Superior de Guerra está aí, dando cursos para jornalistas frequentemente”, lembrou Fon.



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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Quem Samba Fica ... por Rui Patterson - Apontamentos

foto (slide 1984) daniel de andrade simões
O gozador Rui: ... "acreditava-se que a Bahia deveria ser uma área de recuo, um santuário para militantes perseguidos e estressados de todo o país, evitando promover ações armadas no estado"...


jornalista Tania Miranda

DO LADO CERTO DO CANO DO REVÓLVER
Tânia Miranda, historiadora, mestre em educação
                                                                  tania.miranda@terra.com.br
Hoje, exatos 42 anos da sua prisão, chega às livrarias a autobiografia do famoso advogado baiano, Rui Patterson. Ao lançar Quem samba fica: memórias de um ex-guerrilheiro, abre as cortinas do passado e tira dos porões a história da esquerda baiana. Diz não ao sigilo eterno e sim a verdade.
Você está preso. Se reagir, morre. Como um filme de bangue-bangue moderno, assim começa a sua narrativa. Leveza é o que de imediato atrai o leitor, apesar da dramaticidade inerente à história de um ex-preso político, cujas dores da tortura são eternas. Com firmeza expõe a sua convicção de que esteve do lado certo do cano do revólver. Com humildade se diz aprendiz de guerrilheiro e admite, sem culpa, que após recuperar a liberdade tornou-se burguês: apreciou o bom vinho, charutos, dinheiro. Hilário. Ao mesmo tempo em que não sossegou e como advogado continuou a luta pela democracia e pelos direitos humanos, usando, agora, o Direito como arma. Ironicamente passou a defender presos políticos, mas seu destino foi a advocacia trabalhista: retomada de sindicatos, associações e fundação do Sindiquímica. No final, orgulhoso, afirma que Pablo, seu filho, o superou na arte de advogar.
O autor nos presenteia com uma raridade. Contrariando a maioria absoluta dos analistas do período – tanto do lado da resistência quanto dos militares -, demonstra que a opção pela luta armada não foi restrita ao eixo Rio-São Paulo e a guerrilha do Araguaia. Na Bahia, como em quase todos os estados, ações armadas de grande significado e importância marcaram à época, embora tenham ficado na obscuridade. Sobre elas, nos brinda com episódios, alguns curiosos, até então desconhecidos.
Rui foge, com prudência, de considerações políticas e filosóficas, da tradicional visão maniqueísta de uma luta entre mocinhos e bandidos, do bem contra o mal, reconhece que o jogo entre a memória e o esquecimento é dialético e que a memória precisa ganhar a partida. Um livro sobre a história de um homem que reafirma antigas convicções revolucionárias e permanece do lado certo do cano do revólver. É leitura obrigatória.
Publicado no jornal A TARDE – Bahia, em 17/10/2011.

FotoFalante do Tempo

Coligação vistoriando a Folha do Amapá 1993 - foto daniel de andrade simões

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Paris - Surto nervoso. Controlado através da música de Bach interpretada por Antonio Carrasqueira


Toninho Carrasqueira - fotos daniel de andrade simões

Rapaz, cada vez que entro nesse blog, saio balançado e realimentado, forte e feliz
                    de tanta beleza sobrepondo a feiura, onde criança faz contraponto com ditadura,
                    história, guerra e semeadura, sonho, loucura, poesia e rapadura.
                    Um barato o companheiro maluco que de copos fez sua armadura.
                    Tapou até o ouvido pra não ouvir a música da partitura. Bem que eu quiz.
                    Vamos tocando, que a direção está mudando e o mundo vai virar em muita belezura...
                    Antonio Carrasqueira

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Rui Patterson lança hoje (17.10.2011) às 17 h. na Livraria Cultura do Shoping Salvador : QUEM SAMBA FICA - Memórias de um ex-guerrilheiro

fotos daniel de andrade simões
"Quem Samba Fica", é também uma homenagem aos brasileiros baianos que lutaram contra a ditadura civil e militar, entre estes, Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Nemésio Garcia, Getúlio Gouveia, Carlos José Sarno, Jurema Valença, Theodomiro Romeiro dos Santos, Chantal Russi, Marie Helene Russi, Daniel de Andrade Simões, Emiliano José e muitos outros. Rui Patterson, "faz um encontro com ele mesmo. E com suas companaheiras e companheiros de viagem. Um encontro marcado. Há muito tempo"

Carmen Neves e Laura Patterson

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Apontamentos de Daniel, sobre o Livro de Rui Patterson autor de: Quem Samba Fica ...

Quem Samba Fica – por Rui Patterson - Resgatando “lembranças do esquecimento

Tenente Heméterio do Quartel do Barbalho, dentista e torturador.
Em Alagoinhas, dois companheiros Paulo Moreira e Virginia, após seu carro capotar vindo de treinamento. Líder camponês...
Treinamento com espingarda de socar, caçadores de rolinhas.
Nemésio e sua mansão de pernilongos
Baronezas, plantas aquáticas nas águas da lagoa de Inhambupe
Ana Beuchimol Capriglione, amante de Adhemar de Barros ...
Major (Sturmbanfüher) Antonio Bião Luna de Cerqueira – Quartel do Barbalho
Seria o Raimundo Nonato um dos meus contatos em Alagoinhas que me visitava à noite nos improvisados aparelhos, casas de taipas.
Vigilância, desconfiança e mobilidade, durante prisões agüentar tortura até 72 horas ou morrer, jamais entregar companheiros.
Don Daniel Mitrioni policial da USAID (acordo MEC-USAID)
Para treinar os soldados do QB prendiam pessoas à noite na Zona (puteiro) e levavam para tortura. Ao amanhecer largavam em qualquer parte, feridos e humilhados.
Segundo O Livro Vermelho (Cartilha do Mao), a luta contra o imperialismo devia começar no campo. Eram aceito bandidos e camponeses experientes para combater os inimigos. Eram mais determinados, apesar de indisciplinados, eram líderes natos, suportavam frio, fome e eram ágeis nas ações.
Soldados fdp do QB: Avaí, Dalmar e Hemetério
Rui Roque : “mamãe (Dona Maria Nonita) devia ter sido mais severa comigo” no primeiro contato com a esquerda gostei dos amigos
Nossas visitas eram humilhadas, sacaneadas por ordem dos oficiais.
O General com suas luvas de couro pretas, cópia dos oficiais nazistas.
Grades ruidozas de ferro, denunciavam movimentos nas celas.
Colocaram lonas nas grades para impedir que me vissem ou fosse visto, provocando pavor e calor sufocante.
Cuspiam na comida fria e cheia de gordura e passavam por baixo das minhas grades.
Cabo Dalmar Caribé capoerista, me encheu de chutes e de porradas
Vozes de ordem unida no pátio...
Exercício e treino de artes marciais da tropa no pátio
Numa das visitas o general de luvas e bastão ... quando me viu olhando a tropa formada, veio até as grades em que me encontrava preso, mandou que eu fosse para o fundo da cela, como me fiz de surdo, ordenou ao soldado Caribé que engatilhasse sua metralhadora Ina e atirasse . Claro, me joguei para o lado das grossas paredes, felizmente o Caribé não atirou.
Irmã do Nemésio: Margarida, Margô...
Fazer-se de bandeira, jogador de snooker, que se faz de otário, moscão para atrair otários.
Necessidades fisiológicas eram na maioria das vezes feita em latas ou jornais. Vermes que se criavam nos cantos da prisão no Barbalho, tornei-me amigo de alguns. Formigas amestradas eram uma diversão que desenvolvi. Algumas eu pintava com cal retirado da parede que durava pouco tempo.
Lia recortes de jornais sujos de excrementos...encontrei a triste foto e notícia da morte do Martighella
Frase Tb suja de merda: numa revista, Manchete ?
“Homem forja aqui a tua têmpera” !
Tio Juca – abrigo da casa do pai de Getúlio Gouveia na Barra

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lucia Ribeiro Bittencourt - Amiga baiana solidária na luta contra a Ditadura

Rio Real Bahia (slide 1980) texto e foto daniel de andrade simões

Tempo de registro
                                                                       O temporário
                                                                       não usava guarda-chuva
                                                                       balançava a cabeleira
                                                                       dos tempos de Elis
                                                                       levava guardado na alma
                                                                       salvações mis
                                                                       um registro
                                                                       de alforria
                                                                       libertado
                                                                       um tal de arco-iris
                                                                       do bando de Lampião
                                                                       codnome reginaldo faria leite
                                                                       entre tantas fantasias
                                                                       modelam-se suspenses
                                                                       empacotam-se sonhos do PORRA
                                                                       no formato desespero
                                                                       com destino ao real
                                                                       e a outro janeiro

domingo, 9 de outubro de 2011

sábado, 8 de outubro de 2011

Rui o Farejador Navegante ... Olha o Sol !

Texto e foto daniel de andrade simões
Aos Marinheiros de Mares nunca d'antes navegados.
Pósteros, serão os "depois" aqueles que seguirão o mestre, conhecido por Farejador.
Sobre o contentamento do navegador: Alvíssaras, se dirigia não ao boioleiro de castos marinheiros, expressava alegria por tantos dias nos mares desbravados.
O Farejador chefe da tripulação, um tal de espadaço, era também o mais contente ao ouvir gritos festejando terras de África. Desvairado, furou com sua espada as velas. Atrasando tão esperado desembarque. Inconsciente, eufórico, desviou para incerto porvir. A deriva ficou a Niña. O Farejador questionado por cansados marinheiros, comedores de alho e cebola, cabisbaixo  não esquece  um genial poema composto aos sete anos na  rima certeira: nariz, perdiz, fiz, triz, cicatriz... lembrança feliz dos dias de um vendedor de cacau em folha, escreve envergonhado mais um poema concretista - dando também o "devido corte epistemológico no momento histórico e recompondo a verdade para os pósteros"
O mastro rijo, navega à deriva em mares incertos sem mais interesse nas caravelas e marinheiros comedores de cebola. Hoje escreve e compõe sábios e inteligentes poemas para Iracema.
Daniel, soldado do Exército de BrancaLeone, ex-marinheiro da caravela Niña e poetante navegante abestado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Diga-me Lá por Wilson Barbosa

foto daniel de andrade simões

    Diga-me lá


                                                                      senhor fotógrafo
                                                                      o que é melhor às vezes ?
                                                                      Trocar um governo
                                                                      ou derrubar um regime ?
                                                                      Não sei
                                                                      talvez isso que lhe pergunto
                                                                      seja crime
                                                                      mas a palavra regime
                                                                      parece-me define
                                                                      de ser gordo ou de ser magro
                                                                      Parece que uma idéia que afago
                                                                      é de poder se quiser
                                                                      ser gordo um dia...
                                                                      Ou será que isso invadiria o direito
                                                                      de outro companheiro ?
                                                                      Gordo,
                                                                      Magro,
                                                                      Governo,
                                                                      Regime,
                                                                      Compreende senhor fotógrafo
                                                                      a idéia que afago
                                                                      e que afinal
                                                                      pressinto em crime ?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Crianças na linha: umas trabalham e estudam na esperança de construirem o país solidário com todos




 
A  Linda Baronisa pelotense

O Brasil de norte a sul reivindica a volta das nossas ferrovias. Trem Bala, além de ser extremamente caro, vai beneficiar uma elite que já dispõe de aviões e outros meios. O Trem Jégue é acessível a todo cidadão. Ferrovia é o canal. Preserva o meio ambiente, e  preserva a vida.  Basta de tantos automóveis e motos com idiotas nas direções destruindo famílias, enchendo os hospitais de vítimas. A Presidenta Dilma Rousseff foi eleita com esta nossa expectativa: cuidar da qualidade de vida do nosso planeta. Rio Real  o Brasil e o mundo agradecem. fotos e texto daniel de andrade simões