Estrada de Ferro - Presídio da Ilha das Flores - Rio
Estrada de Ferro
Repentinamente
Uma estrada de Ferro transcende a geometria
Resto ignorante
O paralelo
Une-se no meu desencontro
Estrangulado
Resto só
Os trilhos
Já não compõem nenhum caminho
Apenas descansam
Sobre meu corpo-dormente
Crucificado
No cascalho da vida-troço
Resto destroços
Não há trem
Sou passageiro de um ruído
Poema de Jaime Cardoso -
Presídio da Ilha das Flores - Rio de Janeiro 1969
foto daniel de andrade simões
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