quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Já Estamos no Cinturão de Fótons - É o fim de um cíclo, não do mundo

foto daniel de andrade simões
"O ser humano que acredita na vida, demonstra que persistência, confiança, lealdade, ética e disciplina são virtudes que o fazem evoluir e ajuda-o a mudar o mundo que o cerca para melhor". I.D.D. (2011)


 Já estamos no Cinturão de Fótons
Muito se fala de 2012, mas pouco efetivamente se conhece. Segue um texto rápido e esclarecedor, para desmistificar um pouco a profecia e trazer uma linguagem simples, ofertando ânimo extra para nossas ações como sincronizadores biosféricos.
O sistema solar gira em torno de Alcione, estrela central da Constelação de Plêiades. Esta foi a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Solá e Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos.

Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela da constelação – localizada a aproximadamente 28 graus de Touro – e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione, movimento terrestre também conhecido como Precessão dos Equinócios.

A divisão desta órbita por doze resulta em 2.160, tempo de duração de cada era “astrológica” (Era de Peixes, Aquário, etc).

Descobriu-se também que Alcione tem à sua volta um gigantesco anel, ou disco de radiação, em posição transversal ao plano das órbitas de seus sistemas (incluindo o nosso), que foi chamado de Cinturão de Fótons.

Um fóton consiste na decomposição ou divisão do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromagnética, algo que ainda se desconhece na Terra. Detectado pela primeira vez em 1961, através de satélites, a descoberta do cinturão de fótons marca o início de uma expansão de consciência além da terceira dimensão. A ida do homem à Lua nos anos 60 simbolizou esta expansão, já que antes das viagens interplanetárias era impossível perceber o cinturão.
A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos no anel de fótons, ficando mais próximo de Alcione.
A última vez que a Terra passou por ele foi durante a “Era de Leão”, há cerca de doze mil anos.Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros dois mil anos dentro deste disco de radiação. Todas as moléculas e átomos de nosso planeta passam por uma transformação sob a influência dos fótons, precisando se readaptar a novos parâmetros.
A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura, que não produz sombra ou escuridão. Talvez por isso os hinduístas chamem de “Era da Luz” os tempos que estão por vir.

Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no cinturão de fótons e em 1998 a sua metade já estará dentro dele. A Terra começou a penetrá-lo em 1987 e está gradativamente avançando, até 2.012, quando estará totalmente imersa em sua luz. De acordo com as cosmologias maia e asteca, 2.012 é o final de um ciclo de 104 mil anos, composto de quatro grandes ciclos maias e de quatro grandes eras astecas.

Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a entrar no Cinturão de Fótons, estamos nos sintonizando com a quarta dimensão e nos preparando para receber a radiação de Alcione, estrela de quinta dimensão. Zona arquetípica de sentimentos e sonhos, onde é possível o contato com planos mais elevados, a quarta dimensão é emocional e não física. As idéias nela geradas influenciam e detonam os acontecimentos na terceira dimensão, plano da materialização.

Humbatz Men, autor de origem maia, fala em “Los Calendários” sobre a vindoura “Idade Luz”. Bárbara Marciniak, autora de “Mensageiros do Amanhecer”, da Ground e “Earth”, da The Bear and Company e a astróloga Bárbara Hand Clow, que escreveu “A Agenda Pleiadiana”, da editora Madras, receberam várias canalizações de seres pleiadianos.

Essas revelações falam sobre as transformações que estão ocorrendo em nosso planeta e nas preparações tanto físicas quanto psíquicas a que precisamos nos submeter para realizarmos uma mudança dimensional.

Segundo as canalizações, a esfera quadri-dimensional é regida pelas energias planetárias de nosso sistema solar, daí um trânsito de Marte, por exemplo, causar sentimentos de poder e ira. Para realizar esta expansão de consciência é preciso fazer uma limpeza, tanto no corpo físico como no emocional, e transmutar os elementais da segunda dimensão a nós agregados, chamados de miasmas. Responsáveis pelas doenças em nosso organismo, os miasmas são compostos de massas etéricas que carregam memórias genéticas ou de vidas passadas, memórias de doenças que ficaram encruadas e impregnadas devido a antibióticos, poluição, química ou radioatividade.

Esses miasmas estão sendo intensamente ativados pelo Cinturão de Fótons. Os pensamentos negativos e os estados de turbulência, como o da raiva, também geram miasmas, que provocam bloqueios energéticos em nosso organismo. Trabalhar o corpo emocional através de diversos métodos terapêuticos – psicológicos, astrológicos ou corporais – ajuda a liberar as energias bloqueadas. A massagem, acupuntura, homeopatia, florais, meditação, yoga, o tai-chi, algumas danças, etc, são também técnicas de grande efetividade, pois mexem com o corpo sutil e abrem os canais de comunicação com outros planos universais.

As conexões interdimensionais são feitas através de ressonância e para sobrevivermos na radiação fotônica temos que nos afinar a um novo campo vibratório. Ter uma alimentação natural isenta de elementos químicos,viver junto à natureza, longe da poluição e da radiatividade, liberar as emoções bloqueadas e reprimidas, contribuem para a transição.

Ter boas intenções é essencial, assim como estar em estado de alerta, para perceber as sincronicidades e captar os sinais vindos de outras esferas. Segundo a Agenda Pleiadiana, de Bárbara Hand Clow, o Cinturão de Fótons emana do Centro Galáctico. Alcione, o Sol Central das Plêiades, localiza-se eternamente dentro do Cinturão de Fótons, ativando sua luz espiralada por todo o Universo.

Mas afinal… e nós nisso tudo?
Nós somos os mais beneficiados com tudo isso. Todos nós, os seres encarnados na Terra, estamos passando por um processo de iniciação coletiva e escolhemos estar aqui nesta difícil época de transição de nosso planeta, que atingirá todo o Universo.

Os fótons funcionam como purificadores da raça humana e através de suas partículas de luz, às quais estamos expostos nos raios solares, dentro em breve estaremos imersos nesta“Era de Luz”, depois de 11 mil anos dentro da Noite Galáctica ou Idade das Trevas, como os hindus se referiam a Kali Yuga. Como um sistema de reciclagem do Universo, o Cinturão de Fótons inicia a Era da Luz. Existem diversas formas da humanidade intensificar sua evolução, desenvolvendo um trabalho de limpeza dos corpos emocionais, com o uso de terapias alternativas, como florais, Yoga, Sahaja Maithuna,musicoterapia, cromoterapia entre muitos outros.

São terapias e práticas que trabalham com a cura dos corpos sutis,além de curar outras já instaladas, evitando que muitas doenças sejam desenvolvidas, antes mesmo de alcançar o corpo físico.

Cada partícula vai se alojando em todos os cantinhos de nosso planeta trazendo a consciência (Luz), a Verdade, a Integridade e o Amor Mútuo.

Cada um de nós tem um trabalho individual para desenvolver aliado ao trabalho de conscientização da humanidade. Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encarnados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instalada. E todos nós redescobriremos a nossa multidimensionalidade e ativaremos nossas capacidades adormecidas dentro da Noite Galáctica. A inteligência da Terra será catalizada para toda a Via Láctea.
Todos estes acontecimentos foram registrados no Grande Calendário Maia, que tem 26 mil anos de duração e termina no solstício de inverno, no dia 21 de dezembro de 2012 dC, que marca a entrada definitiva da Terra dentro do Cinturão de Fótons por 2000 anos ininterruptos. Consciência é Luz. Luz é Informação. Informação é Amor. Amor é Criatividade.


 
 
 
 
 
 

domingo, 23 de dezembro de 2012

Um Historiador Equivocado por Rui Patterson

                                                                            foto daniel de andrade simões


 
Marco Antonio Villa escreveu em artigo provocativo que a luta armada trouxe prejuízos para o país e que os políticos resolveriam mais rapidamente a queda da ditadura. Em outro artigo insano descreveu a ditadura como “branda”, originando o neologismo “ditabranda”, causando arrepios em progressistas e conservadores.
Com a edição do livro “Marighella, o Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo”, de Mário Magalhães, Villa retorna ao tema para criticar o martírio e o sacrifício ritual da revolução, a fuga perene de Marighella sem nada produzir e, em contrapartida, o avanço democrático do país nos últimos 25 anos.
Para efeito de comparação, vamos transportar a tese do articulista para um local insuspeito: os Estados Unidos da América, que estariam até hoje comprando chá dos ingleses, os judeus discutindo a independência do Estado de Israel, a África do Sul permanecendo um enclave branco e racista na África, a Índia desistindo da resistência civil e, em lugares próximos, do agrado do historiador equivocado, as Guianas demorariam em obter a sua independência, mas os políticos acharão um jeito mais correto que pela via da resistência: os povos das Guianas são pacientes.
Marighella, como todos os comunistas da sua geração, lutou cotidianamente por liberdades democráticas enfrentando as duas piores ditaduras brasileiras, a de Vargas e a do período militar, sendo barbaramente torturado e sacrificando sua vida pessoal, como admite o ditabrando historiador. Longe de martírios, sua vida foi exemplo de coragem e altruísmo para construção de uma vida melhor para o seu povo e o seu país. O general Cordeiro de Farias, participante do golpe de 1964, quando indagado por um colega sobre Luís Carlos Prestes, respondeu: “O que você tem contra o Comandante Prestes?”.
Quanto ao historiador equivocado, o que realmente construiu em sua vida, acadêmica e pessoal? Escreveu artigos provocativos para ganhar notoriedade. Faça algo útil, Villa.
O historiador perdeu boa oportunidade de economizar tinta.

‘Marighella’ resgata protagonista da luta armada esquecido pela história oficial
Livro do jornalista Mário Magalhães revela que guerrilheiro estava desarmado quando foi morto pelo Dops, em 69. Biografia revela doações de artistas como Miró e Godard e “mensalinho” pago por Adhemar de Barros ao comunista


Dops-RJ / Divulgação biografia Marighella
Marighella mostra a jornalistas ferimento a bala em prisão no cinema, em 1964


O jornal francês “Le Monde” o chamava de “mulato hercúleo”, a revista Time fantasiou olhos verdes – eram castanhos –, a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) o descreveu em relatórios como “sucessor de Guevara” e inspirador de movimentos revolucionários na América Latina. Deputado da constituinte de 1946, cassado quando o partido foi declarado ilegal, o baiano Carlos Marighella aderiu à luta armada durante a ditadura militar, instituída em 1964.
Fundou e comandou a maior organização do gênero, a ALN (Ação Libertadora Nacional), e passou a “inimigo público número 1”, nas palavras do ministro da Justiça, Gama e Silva. Marighella viveu e sofreu quatro das décadas mais intensas da política nacional.
Desarmado, sem seguranças e de peruca, sua vida acabou com quatro tiros, em novembro de 1969, ao tentar alcançar o veneno que levava na pasta, em um “ponto” da ALN, na Alameda Casa Branca, em São Paulo. Organizada pelo temido delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) paulista Sérgio Paranhos Fleury, que lhe deu voz de prisão antes da fuzilaria, a operação tinha mais de 30 policiais. “Matamos Carlos Marighella”, contou uma agente à mãe, por telefone.
Figura notória na ditadura, quando estampou duas capas da revista Veja, Marighella passou a um nome esquecido da História brasileira, quase ausente nos livros escolares e desconhecido da juventude. O jornalista Mário Magalhães, 48, dedicou nove anos – mais de um terço de sua carreira de 26 anos – para resgatar a história “de cinema” desse neto de escravos e filho de italiano em 732 páginas no livro “Marighella – O Guerrilheiro que incendiou o mundo”, da Companhia das Letras (R$ 56,50).
Invisível nos livros de História


Polícia SP/ Divulgação biografia
Marighella fichado pela polícia política, em 1939, em São Paulo


“De todos os brasileiros, a vida que identifiquei como a mais fascinante a ser contada foi a de Marighella. Pode-se não gostar dele, mas é impossível ficar indiferente a ele. É um gigante da História do Brasil e um dos brasileiros com maior projeção no exterior. A ausência dele nos livros de História é uma desonestidade intelectual – seria o equivalente a tirar Carlos Lacerda. Não defendo que o promovam, mas não podem omiti-lo”, disse Mário Magalhães ao iG.
Tendo passado boa parte de sua atividade política na clandestinidade, Marighella dificultou o trabalho de seu biógrafo, não tendo deixado diários ou agendas. Para escrever sua reportagem predileta, Magalhães entrevistou 256 pessoas, consultou bibliografia de 600 livros e pesquisou em 32 arquivos públicos – no Brasil, Rússia, República Tcheca, Estados Unidos e Paraguai.
A obstinação – quase obsessão – de Mário Magalhães pela comprovação da prova jornalística o levou a fazer 2580 notas. “A vida de Marighella é tão espetacular que daria margem ao leitor imaginar que havia ficção em um livro que só narra fatos reais. Além disso, é direito do leitor saber a origem de cada informação”, justificou.
Pelo projeto de contar a história “de um brasileiro maldito”, “tido como meio amalucado até por amigos próximos”, Magalhães deixou um confortável emprego na Folha de S.Paulo, onde tinha sido ombudsman e trilhara carreira de destaque e prêmios.
Ateu no candomblé e doações de artistas


Divulgação/Biografia Marighella
Após ser baleado no cinema no Rio, é levado preso


Na pesquisa, foram ouvidos da professora no Ginásio da Bahia ao policial que o revistou logo após a morte e revelou que o guerrilheiro não estava armado – refutando a versão policial, que ficou registrada na História. As descobertas do autor corrigiram lendas, como essa, e revelaram histórias pitorescas.
Mulato baiano da Fonte Nova, Marighella não bebia, não fumava e, embora se declarasse ateu, Magalhães descobriu que o filho de mãe carola iniciou-se no candomblé, e se descobriu “filho de Oxóssi”. Amante da poesia – no colégio, respondeu uma prova de física com versos –, o guerrilheiro mais procurado do País encontrou tempo para, na clandestinidade, escrever, imprimir e distribuir um livro de versos, boa parte deles eróticos. Inspirou artistas como o catalão Joan Miró e os cineastas Jean-Luc Godard e Luchino Visconti a fazer doações a sua causa.
Tortura
Divulgação biografia Marighella
Marighella, aos 24 anos, após três semanas de tortura, no Rio
Pela tortura, passou uma vez, em 1936, sob Getúlio Vargas, nunca durante a ditadura militar iniciada em 64. Foram 22 dias de suplícios nas mãos da polícia. Socos no estômago, golpes com canos de borracha nas plantas dos pés, foi açoitado nos rins, costas e nádegas. Pontas de cigarro eram apagadas no seu corpo. Com um alfinete tirado da gravata, um policial enfiou-lhe o metal sob as unhas, dedo por dedo.
Tornou-se liderança do Partido Comunista Brasileiro nos anos 40, década que dividiu entre presídios em locais paradisíacos, como Fernando de Noronha (PE) e Ilha Grande (RJ), e a Assembleia Constituinte, no Rio. Após ser libertado da prisão política pelo regime de Getúlio Vargas, no pós-guerra, elegeu-se deputado pela Bahia, na bancada comunista que incluía o escritor conterrâneo Jorge Amado. O “Cavaleiro da Esperança” e líder máximo do PCB Luís Carlos Prestes, foi eleito senador pelo Distrito Federal.
O deputado tinha três ternos, doados, e amarrava as mangas da camisa com cordinhas; o cinto partiu-se e adaptou outra corda, qual capoeirista. Homem de partido, destinava 92% do seus 15 mil cruzeiros mensais – equivalente a R$ 20.926, em valor corrigido pelo IGP-DI – ao PCB. Vivia com 1200 cruzeiros – R$ 1674 – por mês, e dividia o apartamento com uma família e um amigo. Acabou cassado em 47, com o voto do futuro presidente Juscelino Kubitschek, depois de o TSE pôr o PCB na ilegalidade.
Terrorista
Nos anos 50, organizou greves, foi à China e à União Soviética. Veio a ditadura em abril de 64, e em julho quiseram prendê-lo em um cinema na Tijuca. Reagiu, levou um tiro e foi levado no camburão. Mais adiante, passou à luta armada, quando Moscou era contra e rompeu com o PCB. Criou a ALN e aparecia nos cartazes de “terroristas procurados” do regime militar.
Homem de ação, escreveu o “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”, apanhado de erros e acertos da ALN que se tornou um sucesso na esquerda internacional. Em “Ditadura Escancarada”, o jornalista Elio Gaspari diz que o “guerrilheiro urbano de Marighella é algo mais que um super-homem”. A descrição é a de, no mínimo, um James Bond, o 007 dos filmes e livros de Ian Fleming.


Divulgação/ Biografia Marighella
Marighella deputado, com um dos seus três ternos
“É muito importante aprender a conduzir um automóvel, pilotar um avião, dirigir um barco a motor ou a vela”, [o guerrilheiro] deve “conhecer a arte de se disfarçar”, ter “conhecimento de química e de combinação de cores, fabricação de carimbos, o perfeito conhecimento de caligrafia e de imitação das escritas”, “ser um grande tático e um bom atirador”. O próprio Marighella falharia em cumprir uma das mais prosaicas “exigências”: não dirigia. A peruca do disfarce tampouco enganou a polícia na noite de sua morte.
Divulgação / biografia Marighella
Capa da biografia de Marighella, de Mário Magalhães
Magalhães afirma que, apesar de se definir como “terrorista” e guerrilheiro, Marighella condenava atentados contra alvos civis e usava a concepção de “terror” da Resistência francesa à ocupação nazista na 2ª Guerra Mundial.
Na ilegalidade, o protagonista do livro recebeu dinheiro da União Soviética e o autor revela até um “mensalinho” do insuspeito governador de São Paulo Adhemar de Barros – cujo cofre, após a morte, abasteceria outra organização armada, a VAR-Palmares, que o roubou no Rio.
O famoso “ouro de Moscou”, entregue ao PCB no início dos anos 1960, equivaleria hoje a algo entre US$ 752 mil e US$ 1,13 milhão pagos anualmente e superava, para efeito de comparação, o arrecadado em 30 roubos pela ALN em 1968. Antes chamado de “traidor” por Marighella, Adhemar de Barros lhe pagava um “mensalinho” de cerca de US$ 10 mil, em apoio ao PCB clandestino. “Esse mensalinho não lustra a biografia de ninguém”, disse Mário Magalhães.
Fez curso de guerrilha em Cuba e mandou guerrilheiros para lá, comandou assaltos, teve amantes – dizia que “o adultério é tão inevitável como a morte” – e foi espionado pela CIA e o KGB. Mesmo dirigente máximo da ALN, organização de luta armada que fundou, foi “o último a saber” do mais audacioso golpe da guerrilha no Brasil: o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em setembro de 69. Foi ação da DI-GB (Dissidência Comunista da Guanabara), com o apoio da ALN. “Cutucaram a onça com vara curta”, pressentiu Marighella.
Morte
Divulgação/ Biografia Marighella
Mário Magalhães levou nove anos para escrever a biografia de Marighella
Foi morto exatos dois meses depois, pela equipe do policial Sergio Fleury, cujos métodos de tortura superavam os do nazista Klaus Barbie, o “Açougueiro de Lyon” da 2ª Guerra Mundial, na avaliação de um ex-membro da Resistência francesa, sobrevivente do suplício físico nos dois lugares.
Diferentemente do que a polícia alardeou à época, estava desarmado e sem seguranças. Segundo o autor, Marighella só portava seu revólver calibre 32 ou sua pistola 9mm em ações, o que não ocorria já havia algum tempo.
O guerrilheiro – ou terrorista, dependendo do ponto de vista – mais procurado do País morreu sozinho, cercado de inimigos.
Lançado no fim de outubro, no ano seguinte ao centenário de nascimento do protagonista, o livro já teve 27 mil exemplares impressos (a tiragem inicial foi de 12 mil) e recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes, como melhor biografia de 2012.
O autor disse ter recebido três sondagens para adaptações para o cinema. “A dúvida é se o ator principal será Denzel Washington ou Wesley Snipes. As mulheres preferem Washington”, brinca.
Secretaria da Segurança Pública SP/DIvulgação
Marighella, morto no Fusca, em 1969

sábado, 22 de dezembro de 2012

Mudar (changer) Porto Alegre, RS

                                                          foto daniel de andrade simões

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Adivinhe quem veio para jantar ...

                                                               Caiena - foto daniel de andrade simões

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Memórias de um cabo de guerra Rui Patterson de Ilhéus Bahia

                                                                  Paris - foto daniel de andrade simões
 
O DIA DA NEGRA NOITE
Quarenta e quatro anos atrás, 13 de dezembro de 1968, uma negra noite que começou em 1964 tomou conta do país e só clareou em 21 de abril de 1985.
Essa negra noite se chamou AI-5, foi gerada e parida pelos militares com o irrestrito apoio da elite brasileira e da geopolítica norteamericana com a sua Operação Brother Sam. Espraiou-se por toda a América Latina e só parou no rio Grande, fronteira do México com os USA.
Meninos, eu vi, e não vou querer ver de novo, nunca mais.
Vocês que não viram e não sentiram, sortudos que são, que nasceram quando tudo está claro e podem esculhambar o presidente que transferiu renda a mais não poder para quarenta milhões, no meu cálculo besta, e para toda a sociedade, inclusive a elite, no cálculo abalizado de Delfim Neto, que veem rodovias aeroportos portos garagens shoppings repletos e grana da grossa rolando, também não queiram ver, nem a mais leve sombra, dessa negra noite, nunca mais.
Até o corvo de Edgard Allan Poe sabe: nunca mais.
                                          

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Licinio Azevedo, cineasta gaúcho radicado em Moçambique premiado na Europa por seu filme Virgem-Margarida

                              foto daniel de andrade simões

FILME MOÇAMBICANO PREMIADO EM DOIS FESTIVAIS
 O filme moçambicano “Virgem Margarida”, longa-metragem de ficção, realizado por Licinio Azevedo, uma co-produção entre Moçambique, Portugal e a França, recebeu três prémios em dois festivais internacionais que ocorreram simultaneamente em França e na Tunísia.No 32° Festival Internacional do Filme de Amiens, França, o filme recebeu o prémio do público para a melhor longa-metragem da competição oficial. Recebeu também uma menção especial do júri Signis (Organização Internacional da Igreja Católica para Comunicação) pelo seu valor humanitário. O festival que decorreu em oito salas de cinema da cidade de Amiens, de 16 a 24 de Novembro, teve 66 mil espectadores.“Virgem Margarida” recebeu o terceiro prémio em Tunis, na Jornada Cinematográfica de Carthage, que decorreu na mesma semana. Deste vez o prémio coube à atriz moçambicana Iva Mugalela, pelo seu desempenho no filme como a personagem Rosa: o prémio para melhor atriz secundária.O filme moçambicano teve a sua estreia internacional há dois meses no Festival de Toronto, o mais importante da América. Está selecionado para vários outros festivais, entre eles o de Dubai, Fespaco, Durban, Vues de l‘Afrique, em Montreal.
 Maputo, 27/11/2012
 Contactos:
Licinio Azevedo: 82 3283110
Camilo de Sousa: 82 3086630

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ao genial arquiteto e comunista Oscar Niemeyer que morreu de tanto viver aos 105 anos. Salve Jorge, Salve Marighella

foto daniel de andrade simões
"Niemeyer deixa a vida sem morrer"
Morreu Oscar Niemeyer, um dos seres humanos mais interessantes que o Brasil já produziu.
Não foi herói, nem santo. Mas um intelectual humanista. Um tipo que viveu para fazer o melhor.
E que sonhou e lutou por um mundo melhor.
Um ser humano que honrou a combinação das palavras ser e humano.


CANSADO DE FALAR DE ARQUITETURA – O IMPORTANTE É PROTESTAR
“A minha arquitetura não é uma solução pra arquitetura, é a minha arquitetura. Assim como na pintura a gente tá de acordo de que não existe a pintura antiga e moderna, existe a boa e a má pintura. Na arquitetura é a mesma coisa. O ideal é cada um procurar o seu caminho e fazer o que gosta. Eu confesso a você que eu tô um pouco cansado de falar de arquitetura. Porque as coisas se repetem, a conversa é a mesma, as perguntas são as mesmas. Mais importante do que a arquitetura é estar pronto pra protestar e ir na rua, isso que é importante, é o sujeito se sentir bem, sentir que não é um merda, que ele tá ali pra ser útil…”
O SONHO DE CABRAL
“Uma vez eu tive um sonho, eu sonhei que o Rio de Janeiro não tinha sido ocupado. Que a cidade tinha crescido mais junto aos morros entrando pelo interior. Então que eu tinha chegado na janela e tinha visto o mesmo panorama que o Cabral viu quando chegou, não é? A natureza fantástica, aquilo tudo, os pássaros, os bichos. E a cidade recuada olhando isso de longe. Seria um paraíso assim guardado no tempo né?
Por isso é que um dia o Sartre disse: quem sabe que o mundo não seria melhor sem os homens.”

fotos tv câmara daniel de andrade simões

Nordestinos do meu país, uni-vos! As montanhas camaradas ! Vamos defender nossos rios e matas!

                                              ZéCacheado, andarilho de Rio Real  - foto daniel de andrade simões

                        Vou cuidar sem cuidar
Vou voar
vou direto ao passado
espero sem esperar
sonho sem acordar
duvido por duvidar
pesco sem rio ou mar
vivo a vida
sem pressa de chegar
na chegada sou faceiro
guardo tudo no meu embornal
versos poemas e esperanças
disfarçado no cajueiro
fico quieto sem prejudicar a espera
se cavalgo vou adiante
com meu cinto e cartucheira de poemas

texto e foto daniel de andrade simões

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Humanidade - "Vida Louca,Vida Breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve" ... Cazuza

Não se apresse sábado ...
Amanhã será domingo
Na segunda descansarás

Não se canse segunda
amanhã será terça
véspera de quarta, próximo de quinta
Na sexta a feira trará novo sábado
e novamente domingo dia de reza
para segunda descansar

Então meu camarada, correndo tentando chegar antes ?
Parado esperando domingo chegar ?
E esta terra de segundas, terças...
De quintas ...
E daí ?...
Ontem foi dia de segunda
Foi ?...
Meu relógio diz ser hora
De pensar
Ou não... ?!...
 
DAS


fotos daniel de andrade simões


Porco Espinho e dragão

dragão encontra um porco espinho e se dá mal - foto daniel de andrade simões

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Riacho do Raposo - Fazendinha do avô Antonio e vó Safira. Conhecida em família após morte como a Saitica vossafilha

foto daniel de andrade simões
FotoFalante - Andrei o louro brabo, Iuri e Yuri, três sobrinhos no riacho do Raposo. Nesse riacho tem pedras e lama. Água quando não "bungada" é cristalina em que se enxerga peixinhos e pitus (espécie de camarão)  e pequenos caranguejos. Especialistas em se atracar nos pés e outras partes dos desavisados. Local apropriado para cometer estrepulias durante banhos noturnos e diurnos. Alguns, entre eles, provavelmente a vó Safira e Vô Antônio se deleitaram em orgias e ... bueno, fico por aqui, em respeito aos passantes da terra. Por algum tempo, nesse local foi visto o tio Francisco após sua morte. Voltava para rever a saudade do lugar e se banhar nas águas frescas e cristalinas. Nesse lugar tem uma pedra, tem uma pedra nesse lugar. Nesse riacho canta a Saitica, a vossaFilha.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Moçambique...vou é simbora ...foto daniel de andrade simões
josé daniel  se enturmando entre amiguinhos moçambicanos - foto danipai