fotos daniel de andrade simões
Dona Europa livrou-se, há séculos, da tutela do Senhor Feudal, ao qual esteve submetida ao longo de mil anos. Cabeça feita por Copérnico, Galileu e Descartes, casou-se com o Senhor Moderno Liberal e montou casa no bairro da Democracia.
Dona Europa puxou o tapete dos nobres, deu um chega pra lá no papa e elegeu governos constitucionais que trocaram a permuta pela moeda, evitaram fazer uso de mão de obra escrava, transformaram antigos camponeses em operários merecedores de salários.
Dona Europa passou a nutrir ambições desmedidas. Fitou com olho gordo o imenso mapa-múndi que enfeitava a sala de sua casa. Quantas riquezas naquelas terras habitadas por nativos ignorantes! Quantas áreas cultiváveis
cobertas pela exuberância paradisíaca da natureza!
Dona Europa lançou ao mar sua frota em busca de ricas prendas situadas em terras alheias. Os navegantes invadiram territórios, saquearam aldeias, disseminaram epidemias, extraíram minerais preciosos, estenderam cercas onde tudo, até então, era de uso comum.
Dona Europa praticou, em outros povos, o que se negava a fazer na própria casa: impôs impérios, reinados e ditadores; inibiu o acesso à cultura letrada; implantou o trabalho escravo; proibiu a industrialização; internacionalizou normas econômicas que lhe eram favoráveis, em detrimento dos povos alhures.
Um dos povos de além-mar dominados por Dona Europa ousou rebelar-se em 1776, emancipou-se da tutela e se tornou mais poderoso do que ela – o Tio Sam.
O professor Maquiavel ensinou à Dona Europa que, quando não se pode vencer o inimigo, é melhor aliar-se a ele. Assim, ela associou-se a Tio Sam para exercer domínio sobre o mundo.
Dona Europa e Tio Sam acumularam tão espantosa riqueza, que cederam à ilusão de que seriam eternos o luxo e a ostentação em que viviam. Tudo em suas casas era maravilhoso. E suas moedas reluziam acima de todas as outras.
Ora, não há casa sem alicerce, árvore sem raiz, riqueza sem lastro. Para manter o estilo de vida a que se acostumaram, Dona Europa e Tio Sam gastavam mais do que podiam. E, de repente, constataram que se encontravam esmagados sob dívidas astronômicas. O que fazer?
A primeira medida foi a adotada em turbulência de viagem de avião: apertar os cintos. Não deles, óbvio. Mas de seus empregados: despediram alguns, reduziram, os salários de outros, deixaram de consumir produtos importados. Assim, a crise da dupla se alastrou mundo afora.
Dona Europa e Tio Sam não são burros. Sabem onde mora o dinheiro: nos bancos. Tio Sam, ao ver o rombo em sua economia, tratou de rodar a maquininha da Casa da Moeda e socorreu os bancos com pelo menos US$ 18 trilhões.
Dona Europa tem várias filhas. Segundo ela, algumas não souberam administrar bem suas fortunas. A formosa Grécia parece ter perdido a sabedoria. Gastou muito mais do que podia. Os mesmo aconteceu com a sedutora Itália, a encantadora Espanha e a inibida Irlanda.
Como o cofre da família é de uso comum, Dona Europa se cobriu de aflições. Puniu as filhas gastadoras e apelou à mais rica de todas, a severa Alemanha, para ajudá-la a socorrer as endividadas.
A Alemanha é manhosa. Disse que só socorre as irmãs se puder controlar os gastos delas. O que significa cortar as asinhas das moças – o que em política equivale a anular a soberania.
Soberana hoje, na casa de Dona Europa, só a pudica Alemanha. O resto da família é dependente e está de castigo. A mais cheirosa das filhas, a França, anda rebelde. Após aparecer de mãos dadas com a Alemanha, agora que arrumou namorado novo encara a irmã com desconfiança.
Nós, aqui do sul do mundo, que ainda não cortamos o cordão umbilical com Tio Sam e Dona Europa, corremos o risco de ficar gripados se Dona Europa continuar a espirrar tanto, alérgica ao espectro de um futuro tenebroso: a agonia e morte do deus Mercado, cujos fiéis devotos mergulharam em profunda crise de descrença.
Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco)
terça-feira, 31 de julho de 2012
domingo, 29 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Em Memória a OSMAR BÉSSIO TRINDADE
Camisa branca, Osmar Trindade e colegas jornalistas - fotos daniel de andrade simões
Por Antonio
de Oliveira, Jornalista Profissional DRT-RS 3403, exclusivo para o Saitica.Estava por deixar a presidência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais e numa bela manhã me apareceu por lá o Osmar Trindade cheio de segredos. Estranhei o fato de ele ter me ligado antes para marcar uma conversa, mas como a situação política estava mais conturbada do que nunca, simplesmente concordei e fiquei aguardando a chegada dele. Naqueles dias (e hoje também), não era recomendável falar muito pelo telefone.
Com a conversa macia de sempre, e um sorriso irônico, depois de alguns minutos de elocubrações ele atacou impiedosamente. Na jugular. "Nós examinamos a situação por lá (na Coojornal) e concluímos que tu és o único nome capaz de congregar todo mundo e evitar uma dissidência na eleição, o que seria fatal para a cooperativa e para todos nós neste momento e neste estágio em que estamos. E a decisão é que tu assumas a vice-presidência da chapa".
Naqueles tempos, para tipos cascudos (palavra que está em moda lá pela Azenha) que nem nós, missão era missão. Não se discutia, se assumia e se executava. Ou não. Não tinha meio termo. Então, no momento em que só me passava pela cabeça retomar as atividades com todo o vigor na redação, pois me negara a uma reeleição no Sindicato, depois de três anos trabalhando sem me licenciar para atender a entidade, também uma decisão pessoal minha, fui à luta. Mais uma eleição de chapa única.
Sem entrar em detalhes se foi bom ou ruim naquelas circunstâncias, já que compartilho da suspeita do grande causídico Marco Túlio de Rose de que se não houvesse a perseguição da ditadura militar a Coojornal estaria viva até hoje, ainda entendo que foi a decisão mais correta que poderíamos tomar. Assim, assumi a vice-presidência tateando, já que não conhecia com profundidade seu dia a dia, pois até ali havia sido somente conselheiro e um fiador sem grandes riscos, pois não possuía imóveis próprios.
Confesso-lhes que o que começou como mais um aprendizado, transformou-se num verdadeiro tsunami de emoções. E perigos. Fortíssimas emoções. Atropelado pelas prisões e o julgamento de Trindade, Bicudo, Rosvita e Rafael, embora tenha sido por um curto período, episódios que marcaram profundamente a vida de todos nós. A minha, pelo menos. Afluíram sentimentos que eu jamais imaginara que existiam dentro de mim. E descobri que há coisas que eu não negocio. Constatação que me ajudou muito dali para a frente.
Flávio Tavares, autor de Memórias do Esquecimento - visita presos do Coojornal
De lá para cá, sempre que era requisitado para alguma entrevista, palestra ou debate, sempre fazia questão de dizer que os jornalistas gaúchos tinham duas grandes dívidas para com a sociedade. Os resgates do sequestro dos uruguaios Lilian e Universindo e da história do Coojornal. Por isso, estou hoje de alma lavada. Primeiro, pelo livro do Luiz Claudio Cunha, e agora, pelo trabalho realizado pela Clô, Bicudo, Rafael, Vieira e Centeno.
Estes dois dias de apresentação e debates me emocionaram muito. Minhas filhas MARIANA E MARINA, estudantes de jornalismo e que não viveram aqueles tempos bicudos (desculpem!), também se emocionaram com o trabalho e ao ver que a imensa maioria das pessoas que circulavam pela exposição, que estavam no coquetel, que assistiram às apresentações do documentário e que participaram dos debates, conheciam o pai delas.
Por tudo isso,
concluo também que fiz certo em permanecer em silêncio nestes dias. Só
contemplando. E anotando. E de tudo que anotei, selecionei estas falas que
transcrevo abaixo. Em homenagem, digamos assim, ao companheiro Osmar Trindade.
"O
Coojornal noticiava o que a grande imprensa não divulgava. Eles não
tratavam dos assuntos. Os temas continuam ai, mais pertinentes do que nunca,
nos cobrando posições. Os nanicos (pequenos jornais de esquerda durante a
ditadura militar) foram importantes no processo de redemocratização, na
organização popular, na criação dos partidos, porque enfrentaram a censura. No
final da década de 1970 eram 160 pequenos jornais que noticiavam o que a grande
imprensa não publicava. Os grandes jornais não davam o que se passava no
Brasil. Não é excesso de nostalgia, o tema (discussão sobre o trabalho da
imprensa) continua mais pertinente do que nunca. A sociedade continua nos
cobrando comportamento".
"O maior crime
contra a Coojornal não
foram as prisões, foi a queima dos arquivos pela Justiça... "Este debate é um resgate da memória histórica, mas o tema é da maior atualidade. Não há coisa mais urgente para se discutir do que a atuação da imprensa. O País fez uma opção forte, persistente, pela democracia, mas ela só se realiza com a organização e participação das pessoas.
Luiz Claudio Cunha autor do livro Sequestro dos Uruguios e Antonio Oliveira (com chapéu)
Há carência em todos os meios de
informação, que informam com parcialidade ou manipulação. A crítica forte e
séria é necessária, importante. Esses grupos que dominam a mídia brasileira não
se dão conta da necessidade de informação diversificada para se poder entender
o que está acontecendo... Cartunistas da Coojornal, Edgar Vasques ... Santiago e Corvo
"A população fez o controle silencioso da natalidade no País e reduziu em 50% os nascimentos sem que a imprensa se desse conta. Aconteceu a ascensão social de uma faixa enorme da população, dentro de um processo democrático de transferência de renda, com apoio da sociedade, sem que a mídia se desse conta. A informação não circula e a que circula é domesticada. Não falta interesse, mas falta liberdade no novo modelo que surgiu nas redações. É um modelo que está morto. Prevalece o jornalismo individual, acabaram-se as discussões nas redações, que davam o sentido do coletivo, do diversificado, no corpo das redações. Hoje as redações não percebem o que está acontecendo na sociedade. As redações de hoje têm pouca sensibilidade. As redações de hoje são dóceis, homogeneizadas e hierarquizadas...
"Eu assisto o Jornal Nacional não para ver as notícias, mas só para saber qual é a opinião da Globo, o que ela pensa. E como é velho o formato do Jornal Nacional. É uma coisa lá da década de 1970. Ai inventaram o Jornal Nacional no Ar. Então, se mandam lá para Girau (AL), mas chegam lá, fazem umas duas entrevistas, mostram algumas imagens e vão embora. Saem correndo para outra pauta, e nunca mais voltam lá. E nós ficamos sem saber o que aconteceu lá, pois eles não aprofundaram nada. É um jornalismo que não é pensado, é demandado de fora para dentro. Parece mais uma coluna social do poder.
"Há espaço para os jornalistas fazerem jornalismo...
"A autocensura é mais prejudicial que a censura...
Nei Lisboa ..."se me derem um pedaço de plutônio, meus amigos se encarregam de explodir" ..
A imprensa se nega a discutir uma causa que é dela (a criação dos Conselhos de Comunicação Social). A imprensa é feita para discutir. Para a imprensa (as grandes empresas), ninguém pode se reunir e discutir nada que lhe diga respeito, que é taxado de censura. E os jornalistas que estão nas redações fazem ouvidos de mercador. Fazem de conta que nem é com eles. A boa informação, a informação de qualidade, é responsabilidade do profissional e não da empresa. Mas alguma coisa nova vai surgir. Pequenos projetos com uma nova linguagem...
"Há grande queda na venda dos jornais, mas não é só por causa da internet, não. Em parte pode ser, mas não é só por isso. Uma tecnologia não acaba com a outra. Ela desloca. Não vêm o disco de vinil? Ele está ai até hoje. Eu pego os grandes jornais e só olho as manchetes e jogo de lado. Eles não trazem nada de novo, nenhuma matéria interessante, com profundidade. Falam de tudo para todos, mas superficialmente. Aposto que ninguém sabe o que está sendo discutido no Novo Código Florestal, pois ninguém fez uma boa matéria sobre o que está sendo discutido. Hoje só se faz jornalismo declaratório. Vão lá e copiam a declaração de um deputado, de um ministro, de um político qualquer... São catadores de palavras (como disse certa vez lá em Brasília um motorista do ex-ministro da Fazenda Dilson Funaro)....
"Hoje, em Porto Alegre, tu consegues comprar os jornais de Rio e São Paulo em três ou quatro bancas. Só...
"Um repórter da Zero Hora conversou duas horas comigo, fez a matéria e o jornal não publicou (sobre o processo da mãe do ex-governador Germano Rigotto contra o Jornal Já). Um processo vergonhoso para o Rio Grande, que ninguém da imprensa noticiou".
"As agências são gerenciadoras de recursos dos clientes. E naquele tempo (da ditadura militar) era difícil mudar a cabeça dos clientes que recebiam pressão econômica (para não anunciar no Coojornal e para não trabalhar com a Coojornal)".
"Não fizemos o Coojornal para derrubar o regime, a ditadura...
O modelo de cooperativismo (para os jornalistas) não está esgotado...
A Unimed e a Cotrijui foram as únicas que seguraram a barra (que continuaram anunciando e trabalhando com a Coojornal)".
"Eu pedi que eles me dessem a orientação por escrito, pois a Unimed era uma cooperativa e eu tinha que levar para discutir com os associados (para não anunciar mais na Coojornal) e eles disseram que isso não podiam fazer. Me convocaram para depor. Fiquei lá duas horas e quando sai me advertiram que poderiam me chamar de novo. Eu disse que não tinha problema, pois o cafezinho deles era muito bom".
"Os jornais amanhecem vencidos, passados, velhos, não trazem nenhuma novidade, não aprofundam os temas, não instigam. Com a internet não se precisa mais deles. Em dez anos, perderam 47% de circulação e vendas. Hoje cada um tem o seu espaço de procurar notícias, de se informar pela internet. Você pode perder um noticiário da TV, mas chega em casa e vai lá e pode recuperá-lo nos arquivos da emissora".
"A imprensa de hoje não acompanha as lutas e as conquistas da sociedade. É uma imprensa horizontal, que não aprofunda nada. Não se faz mais matérias completas".
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Heranças...como diz o amigo engenheiro Danton Moura do Amapá: agora tá bom, espie a belezura do tempo !
fotos daniel de andrade simões
Lia, líder comunitária e João do MST na praça João Barbeiro
sábado, 21 de julho de 2012
Refundação do PORRA em Salvador avisa Rui Patterson escritor do Quem Samba Fica...
PORRA em bordados de tauá das ceramistas de Rio Real - foto daniel de andrade simões
Hoje grande evento para refundação do Porra garantidas as presenças de Rui o Roque Sarno o Caio Emiliano o José Theo e outros porristas. Mandarei foto pro seu blog, PORRA sempre!
ruipatterson@terra.com.br
Olha, olha o PORRA minha gente! Oi noiz aqui traveis! Marighela Presente, Nemezio presente, Negão Wilson presente, Dora presente, Gegê presente, José Julio presente,Luiz Bittencourt presente, Zé Duarte presente, Guará presente, Kalu presente, Leopoldo Paulino e Daniel baixim eu, presentes. Oradores, Tânia, Emiliano, Théo e Ruioque quem levantou a bandeira após tombo e prontamente se ergueu. Abraços porristas,
daniel
www.saitica.blogspot.com
Hoje grande evento para refundação do Porra garantidas as presenças de Rui o Roque Sarno o Caio Emiliano o José Theo e outros porristas. Mandarei foto pro seu blog, PORRA sempre!
ruipatterson@terra.com.br
Olha, olha o PORRA minha gente! Oi noiz aqui traveis! Marighela Presente, Nemezio presente, Negão Wilson presente, Dora presente, Gegê presente, José Julio presente,Luiz Bittencourt presente, Zé Duarte presente, Guará presente, Kalu presente, Leopoldo Paulino e Daniel baixim eu, presentes. Oradores, Tânia, Emiliano, Théo e Ruioque quem levantou a bandeira após tombo e prontamente se ergueu. Abraços porristas,
daniel
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Brique da Redenção em Porto Alegre
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Canto Forte para Jair Krischke
jair krischke - foto daniel de andrde simões
Poema de Amores Amargos
Krischke
cuida do povo,da justiça e da liberdade.
Caminha ligeiro
pelas ruas da cidade.
Está à frentede
todas as lutas
que defendem os oprimidos
e os humilhados.
Tem ao seu lado
o fardão da dignidade.
Ser humano raro,
onde planto uma estrela
para que seu nome brilhe na eternidade
com seu canto forte de verdade.
Porto Alegre, 9 de junho de 2012
LUIZ DE MIRANDA, ENTRE OS MAIORES POETAS DO MUNDO
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Licinio Azevedo, ou Licinio Hollywood, nosso cineasta brasileiro na África ...
foto daniel de andrade simões
alo camaradas
aqui, finalmente, as coisas estão a se movimentar um pouco, depois de um semestre de agonia. Virgem Margarida foi selecionado pra estreia mundial no TIFF, festival de cinema de Toronto, o maior da America, que apresenta 50 longas do mundo inteiro, selecionados entre centenas que concorrem. É um festival classe A, como Cannes, Veneza, Berlin... Em setembro. Depois disto, já está programado pra inumeros festivais menores, como Amiens, importante, mas de menor porte. É, já, mesmo antes de estrear, considerado por quem o viu (os responsaveis dos festivais), uma revolução no cinema africano. Em setembro tb sai a reedição de Relatos do Povo Armado (um grande livro, modestia é comigo), com ilustrações, os dois volumes num só, com o titulo Coração Forte - Relatos do Povo Armado. Parece que o nosso camarada Rebelo vai fazer a apresentação no lançamento. O livro será meu habeas corpus no caso de decretarem a minha prisão pela ousadia de Virgem Margarida, cuja ação principal decorre num campo de reeducação de putas. Ainda nao li o tal livro do Olides, que tem me enviado aos poucos, mas nada mais me assusta, depois de passado o susto inicial. fofoca pura mas, como dizes, boa memória. não sei se conta como voltou louco do Peru e, acolhido em minha casa em Porto Alegre, fechou-se por semanas num quarto e só saiu dali depois de encher todas as paredes e o teto com escritos indecifraveis.
viram o filme da Margarida Cardoso sobre o mais brilhante cineasta gaucho de Moçambique?licinio
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Crise do Capitalismo e o Mundo do Trabalho
zé da tribo oi nóis aqui traveiz ...(Marighella !) fotos daniel de andrade simões
Com um déficit comercial de US$ 500 bilhões por ano e de orçamento público federal de US$ 700 bilhões, os Estados Unidos enfrentam a sua pior crise desde a grande depressão de 1929. Todo esse rombo é bancado pela emissão de dólares, já que não há controle internacional sobre esse procedimento e eles o fazem como bem entendem. A emissão irresponsável, sem equivalência em produção, aguça as contradições e já bateu no teto de US$13 trilhões. A princípio, os governos Bush, Clinton e Obama tentaram sair da crise com a fórmula clássica: produzir guerras, e, assim, incentivar a indústria bélica para reativar a economia. Há dez anos agridem o Afeganistão, o Iraque, o Irã, entre outros, são responsáveis pela morte de mais de 600 mil civis e milhares de seus soldados. Criaram e eliminaram Bin Laden, transformaram os árabes e o islamismo em inimigos da humanidade. Politicamente perderam a guerra a um custo, nesses anos, de US$ 3 a US$ 5 trilhões que todos os povos do mundo pagaram e pagam, ao usar essa moeda em seus intercâmbios comerciais.
Na Europa, o crescimento econômico está parado desde 2008, e as taxas de desemprego atingem 20% na média. Vários países já têm suas economias tecnicamente falidas, como Grécia, Polônia, Portugal, entre outros. Agora é a vez de Itália e Espanha. E a juventude começa a mexer-se, ainda que tardiamente.A crise do capitalismo no centro da hegemonia do capital financeiro e oligopolizado tende a se agravar. E, naturalmente, vai despejar, como sempre, parte de seus custos também para as economias periféricas e dependentes como a brasileira. O Brasil cresce de 3 a 4% ao ano, suficiente apenas para manter a economia ativa e gerar parte dos empregos necessários para os 2,5 milhões de jovens que entram no mundo do trabalho a cada ano. Mesmo com a importante medida de que o BNDES aplicará, em investimentos produtivos, R$ 500 bilhões até 2014, podendo gerar mais emprego e crescimento econômico, nós trabalhadores precisamos permanecer mobilizados, pois a história confirma: em crise do capital, quem paga a conta é o trabalho.
Tânia Miranda, historiadora, mestre em educação
Planeta Terra e o Consumismo
foto daniel de andrade simões
Hoje, com a metade da humanidade situada abaixo da linha de pobreza, já se consome 20% a mais do que a Terra consegue renovar. Se a população do mundo passasse a consumir como os americanos, seriam necessários mais três planetas iguais a este para garantir produtos e serviços básicos como água, energia e alimentos para todo mundo.
Sendo impossível arranjar mais três Terras, nem os americanos poderão continuar com o mesmo modelo de consumo, nem a população mundial poderá adotá-lo. A única saída é todos adotarmos padrões de produção e de consumo sustentáveis. Para os países ricos, isso significa, por exemplo, procurar fontes de energia menos poluidoras, diminuir a produção de lixo e reciclar o máximo possível, além de repensar sobre quais produtos e bens são realmente necessários para alcançar o bem-estar. Aos países em desenvolvimento, que têm todo o direito a crescer economicamente, cabe o desafio de não repetir o modelo predatório e buscar alternativas para gerar riquezas sem destruir florestas ou contaminar fontes de água.
Nesse processo o consumidor consciente tem um papel fundamental. Nas suas escolhas cotidianas, seja pela escolha de empresas das quais vai comprar em função de sua responsabilidade social, pode ajudar a construir uma sociedade mais sustentável e justa. Disse o filósofo Bertrand Russel : “Ficar sem algumas coisas que você quer é parte indispensável da felicidade”
domingo, 15 de julho de 2012
A Rã não sabia que estava sendo cozida ...
foto daniel de andrade simões
Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e água se esquenta muito lentamente.
(Fiquem vendo: se a água se esquenta muito lentamente, a rã não se apercebe de nada!) pouco a pouco, a água fica morna, e a rã, achando isso bastante agradável continua a nadar,
A temperatura da água continua subindo...
Agora, a água está quente mais do que a rã pode apreciar;
Ela se sente um pouco cansada, mas, não obstante isso, não se amedronta.
Agora, a água está realmente quente, e a rã começa a achar desagradável, mas está muito debilitada; então, suporta e não faz nada.
A temperatura continua a subir, até quando a rã acaba simplesmente cozida e morta.
Se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus, com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela.
Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou, alguma revolta.
Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, para a qual nós estamos nos acostumando.
Uma quantidade de coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás, foram pouco a pouco banalizadas e, hoje, apenas incomodam ou deixam completamente indiferente a maior parte das pessoas.
Em nome do progresso da ciência e do lucro, são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza à beleza e à alegria de viver; efetuados lentamente, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas desavisadas e, agora, incapazes de se defenderem.
As previsões para nosso futuro, em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa a não ser a de preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas.
O martelar contínuo de informações, pela mídia, satura os cérebros, que não podem mais distinguir as coisas...
Quando eu falei pela primeira vez, destas coisas era para um amanhã.
Agora, é para hoje !!!
Consciência, ou cozido, precisa escolher!
Nós já estamos meios cozidos ou não!
Olivier Clerc
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Mergulho na pororoca por Rui Patterson
Dani Carlos, como excelente roqueira faz a sua verdade - foto daniel de andrade simões
Baixim o Aguardador
Sangue de Jesus! Desafasta, Satanás! Tá dominado, seis copos de chá de mijo de bode seis dúzias de ovo de codorna cozidos bem cozidos, come tudo e bebe tudo de uma vez e segura a onda.
É o dia. Sexta feira 13. Só faltou ser de agosto.
Em severa genuflexão contrito e em silêncio obsequioso.
Ruioque, o maior escrevedor de merda da humanidade.
Desabafo de RUBINA professora baiana em greve
fotos daniel de andrade simões
Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar ".
"Na escola da vida não há férias".
Por hora-aula, os professores da rede Estadual da Bahia recebem apenas R$ 8,40. Numa ação oportunista, os professores de Jorge Portugal, contratados sem licitação pelo governo do Estado, receberão R$ 250 por hora de explanação. O argumento de Portugal é que eles são professores de ponta.
Tal situação merece um desabafo:
ISSO É UMA VAGABUNDAGEM, QUE MERECE UMA AÇÃO ( e não mais palavras) NO MESMO QUILATE.
Portugal é um oportunista agindo numa situação que é o maior escândalo da educação na Bahia. Eu sinto ânsia de vômito quando vejo que tiramos leite de pedra, em escolas sem biblioteca, sem nenhuma estrutura, às vezes até sem piloto, em escolas quentes e o governo investe mais de um milhão em professor da rede privada. E me indigna muito mais, quando aparece um desclassificado desse para dizer que os professores dele é que são os professores de ponta.
Isso é uma vagabundagem. Eu estou enojada, indignada!
Vocês sabem o que é trabalhar com alunos famintos?
Vocês sabem o que é trabalhar com alunos oriundos de famílias pobres, periféricas?
Vocês sabem o que é trabalhar sem rádio, sem televisão, sem episcopio, sem livro?
Vocês sabem o que é trabalhar cultura mundial com alunos que muitas das vezes nunca sairam do seu bairro?
Vocês sabem o que é trabalhar sem apostila, módulo, porque a escola não lhe dá papel?
Vocês sabem o que é ser obrigado a fazer apenas uma avaliação escrita por unidade porque o Estado não lhe dá papel?
Vocês sabem o que é comprar piloto com o seu dinheiro porque o Estado só nos dá 2 pilotos por unidade?
Ainda abre a boca para dizer que lá é que existem professores de ponta??? Vocês, professores que Portugal chama de ponta, não passam de covardes oportunistas e demagogos, que nunca pisaram nas perifeiras para fazerem um decente trabalho com alunos carentes, que vivem pregando justiça social em salas com ar condicionado para uma plateia branca burguesa que paga altíssimas mensalidades para ouvi-los e que agora, vergonhosamente, vão encher o bolso de dinheiro às custas de colegas grevistas.
ISSO É UM ESCÂNDALO!!! SOCIEDADE BAIANA, MEUS COLEGAS DA REDE ESTADUAL, TEMOS QUE TOMAR PROVIDÊNCIA CONTRA ESSA VAGABUNDAGEM. OS PROFESSORES E PROFESSORAS DA BAHIA SÃO DIGNOS. ESSE É O MAIOR DESRESPEITO QUE ESTAMOS SENDO ALVO EM TODA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BAIANA.
Como se já não bastasse o desrespeito do governo, ainda temos que ser humilhados com palavras por esse vagabundo oportunista que não faz a mínima noção do que é a realidade de uma escola pública? Eu estou indignada!
Para o senhor, Jorge Portugal e para seus professores, nas latrinas que vocês se tornaram, deixamos o nosso escarro!
Professora Rubina .
quinta-feira, 12 de julho de 2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
Marcas da Memória em Porto Alegre - RS
Dopinho (Rua Santo Antonio, Porto Alegre-RS), local de torturas durante a ditadura militar e civil - fotos daniel de andrade simões
PROJETO MARCAS DA MEMÓRIA
Movimento de Justiça e Direitos Humanos
LOCAIS A SEREM IDENTIFICADOS:
ILHA PRESÍDIO
CAIS DO PORTO
CAIS VILA ASSUNÇÃO
DOPS/RS – PALÁCIO DA POLÍCIA
6ª CIA DE POLÍCIA DO EXÉRCITO – hoje PRAÇA RAUL PILLA
– FAMOSA CELA “BOI PRETO”
1ª CIA DE GUARDAS – Rua Vieira de Castro, 222
12° REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO – Serraria
18° REGIMENTO DE INFANTARIA – Av. Bento Gonçalves, hoje Tecnopuc
DOI-CODI – Rua Luis Afonso, 55
SOLAR CONDE DE PORTO ALEGRE - Riachuelo esquina Gen. Canabarro.
DOI-CODI (?)
ESCOLA PAULO DA GAMA – (brigadianos presos) - Rua Silvado, 555
CASTELINHO ALTO DA BRONZE (?)
SERVIÇO SOCIAL DO MENOR - SESME-RS (DEPOIS FEBEM –HOJE FASE)
Av. Padre Cacique, 1372
PRESÍDO CENTRAL DE PORTO ALEGRE
PENITENCIÁRIA FEMININA MADRE PELLETIER - Av. Teresópolis, 2727
HOSPITAL GERAL DO EXÉRCITO (?) – Rua Mariland, 450
1ª AUDITORIA DA 3ª CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR (?)
- Rua General Portinho, 426
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Ana Craidy Simões e João Do Prado comunicam o nascimento do seu filho Henrique
Ana e Henrique - foto pai João do Prado
Ana e Henrique - 4º dia - foto joão do prado
pai joão do prado - foto ana craidy
Ana - fotos danipai de andrade simões